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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Eduardo Galeano contente por ter nascido na América: “não queremos morrer de fome e tampouco de tédio”



Por Jorge Luna


O escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, ao conquistar o Prêmio ALBA 2012, em 30 de janeiro passado, exclamou que não gosta de expressar suas emoções, mas não pode deixar de confessar que pouco falta para que o convertam “em campeão olímpico de salto de altura”.

Este prêmio me estimula muito, disse em declarações ao jornalista Jorge Luna, correspondente de Prensa Latina em Montevideo e colaborador de Diálogos do Sul, e acrescentou: “De alguma maneira me confirma que o que a gente escreve pode ser algo mais que um desabafo solitário: palavras que se unem a outras palavras escritas ou faladas por outras bocas ou por outras mãos, em lugares muito diversos”.

“A todos os que nos reconhecemos como parte da ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), move-nos a certeza de que estamos contribuindo a uma tarefa de recuperação da dignidade coletiva”, manifestou.

Mais adiante, asseverou: “Isso ultrapassa as fronteiras da geografia e do tempo. A gente pode se sentir companheiro de pessoas nascidas em lugares distantes e irmãos de pessoas que viveram em tempos muito distantes. Esses são os vínculos mais dignos de fé: os que nascem da solidariedade”.

É o que antes chamávamos internacionalismo, e que nada tem a ver com a globalização imposta pelos amos do mundo, que só nos une no dever de obediência, completou.

Os prêmios ALBA foram anunciados durante o encerramento do III Encontro Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que reuniu em La Habana a mais de 800 intelectuais de 40 países em homenagem ao herói nacional cubano José Martí.

Jorge Luna: Como descreveria o impacto da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América?

Eduardo Galeano: O desenvolvimento da ALBA é uma das mais eficazes respostas ao sistema mundial de poder que nos convida a cuspir no espelho e nos obriga a aceitar a impotência como destino. Queremos ser corpos, não sombras. Queremos ser vozes, não ecos. Reivindicamos a dignidade, a solidariedade e a diversidade. Negamo-nos a aceitar a ordem de eleger entre as duas maneiras de morrer que o sistema nos oferece: não queremos morrer de fome e tampouco de tédio. Este mundo é muito injusto, muito desigual nas oportunidades que oferece e também muito igualador nos costumes que impõe. Temos somente o direito de copiar? É proibido criar?

JL: Entre tantas obras valiosas, seu livro As veias abertas de América Latina (1971), mantém especial vigência, tanto assim que o presidente venezuelano Hugo Chávez deu de presente ao presidente estadunidense Barack Obama, em 2009. O que o motiva a escrever sobre os temas que escreve?
EG: Dizem que Jean-Paul Sartre disse que escrever é uma paixão inútil. Não sei se disse ou não, mas, sei que continuou escrevendo, assim, não estava convencido. Eu escrevi alguns livros, mosaicos armados a partir de relatos breves, tratando sempre de dizer muito com pouco e sobretudo tento ajudar na recuperação do arco-íris terrestre, muito mais bonito que o arco-íris celeste, mas que tem sido mutilado pelo machismo, o racismo, o militarismo e tantos outros “ismos” inimigos da diversidade humana.

JL: Você tem abordado sempre temas da identidade latino-americana…

EG: Escrevi e continuo escrevendo para celebrar a alegria de ter nascido na América, nestas terras em que marcaram encontro todas as cores e dores do mundo, para ajudar a criar um mundo em que o próximo seja uma promessa e não uma ameaça e onde possamos viver livres das ditaduras do medo: o medo de ser o que podemos ser.

Criado em 2007, o prêmio ALBA das Artes e Letras é outorgado a criadores que consagraram suas vidas e suas obras a engrandecer o patrimônio cultural da América Latina, entre outras contribuições.

O jurado deste ano foi conformado pelo intelectual venezuelano Luis Britto, o sociólogo panamenho Guillermo Castro, o narrador equatoriano Raúl Pérez, o sociólogo boliviano Esteban Ticona e a acadêmica cubana Digna Guerra.



Fonte: Diálogos do Sul

Imagem: Google

Entre a emoção e o escárnio


Tarja colocada por este blog em respeito aos famíliares das vítimas

Por Luciano Martins Costa - Observatório da Imprensa

Um jornal importante, como o gaúcho Zero Hora, pode passar de manifestações explícitas de luto, como a colocação de faixa pretas em suas páginas, até o extremo oposto, o de admitir conteúdo de puro escárnio às vítimas. Correm na internet manifestações de protesto contra a charge publicada na terça-feira (29/1), pelo principal jornal da região Sul do país, sob o título “Uma nova vida” (ver aqui).


Marco Aurélio
A obra, assinada pelo veterano chargista Marco Aurélio, retrata uma longa fila de estudantes mortos, postados diante de um prédio identificado como “USP – Universidade de São Pedro”. Da porta, o próprio São Pedro recebe e direciona os jovens conforme a especialidade – arquitetos, sala 5 com Niemeyer; gente da pedagogia, com Gilberto Freyre; medicina, sala 7 com Zerbini” – e assim por diante. É uma referência direta aos mortos na boate Kiss, de Santa Maria (RS), que o mais reles pasquim de quinta categoria teria pejo de exibir.

Após as primeiras críticas de leitores, o desenho desapareceu da versão online do jornal e o blog “Os diaristas”, que costumava publicar os trabalhos de chargistas e caricaturistas do grupo Zero Hora, foi tirado do ar.


Mas fica a pergunta: o que é que o jornal gaúcho pretendia ao publicar esse monumento ao mau gosto?



Ver post completo 



Fonte: Observatório da Imprensa

Imagens: Google (colocadas por este blog)


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cúpula dos Povos critica integração mercantil e elogia cooperação



Mais de 500 movimentos e organizações sociais da América Latina e do Caribe participaram da 5ª Cúpula dos Povos, encerrada neste domingo (27) em Santiago do Chile. Com o tema “Pela Justiça Social, Solidariedade Internacional e Soberania dos Povos”, o evento foi realizado de forma paralela à reunião de alto nível da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e União Europeia (Celac-UE).


Entre os temas debatidos estão o desenvolvimento sustentável, o cuidado com o meio ambiente, o respeito às comunidades indígenas, a democracia, os direitos humanos, a qualidade de vida e problemas sociais da região, como educação, saúde e aspectos trabalhistas e o repúdio à mercantilização da natureza e da vida.

O documento final observa que “os bens naturais, os direitos e as pessoas tem sido mercantilizados nas nações e povos da América Latina, Europa e o Caribe, produto da lógica capitalista, que em seu lado neoliberal e machista, permite a instalação e aprofundamento através de aparelhos cívicos, políticos e militares”.

O texto criticou a visão de integração baseada apenas no comércio e em detrimento do povo: “as relações existentes entre a União Europeia e a América Latina e o Caribe que priorizam os privilégios e os lucros dos investidores frente aos direitos dos povos através de acordos comerciais e acordos bilaterais dos investidores, aprofundam este modelo que prejudica as pessoas de ambas as regiões”.

Sobre a crise na Europa, os movimentos sociais consideraram que “na União Europeia a crise capitalista significa um verdadeiro golpe de estado financeiro que impôs políticas de austeridades em contra dos direitos dos povos, dos direitos trabalhistas, do meio ambiente, etc. A tróica europeia (FMI, BCE, Comissão Europeia) obriga os estados a se endividar para salvar os bancos para que sejamos os povos os que paguem as crises provocada por eles mesmos”.

Apesar disso, o documento enaltece a luta “de nossos povos no mundo, que conseguiram quebrar a tensão atual lógica e nos dá a esperança de que outro mundo é possível”. E ressalta a necessidade de “construir as bases para um novo modelo de sociedade que transforme as atuais lógicas e coordenadas políticas, econômicas, sociais e culturais em todas nossas nações e povos de ambos os lados do continente, as lutas de diferentes atores e organizações do campo popular”.

Segue a íntegra das propostas realizadas pela Cúpula:

Os direitos e bens naturais arrebatados ao nosso povo devem ser recuperados por meio da nacionalização, da comunitarização dos bens e serviços e dos meios de produção e do reconhecimento constitucional da natureza como sujeito de direito. Isso implica passar de ser resistência e movimentos reivindicativos para uma alternativa que contenha uma proposta político-social integral de país.

Promover o paradigma do bem-viver baseado no equilíbrio do ser humano com a natureza e com o meio ambiente e os direitos da terra, a serviço dos povos, com uma economia plural e solidária.

Democracia direta, participativa e popular e sua concretização a partir das bases sociais. Para isso, é necessária a integração de atores sociais e políticos do mundo, valorizando práticas territoriais e dialogando entre as instâncias locais e globais.

Promover a integração na participação política das crianças e juventudes a partir de um enfoque de gênero. Respeito à livre determinação dos povos originários do mundo, entendendo-os como povos irmãos não submetidos à territorialidade imposta pela colonização. Além da promoção da soberania alimentar na perspectiva de uma autonomia territorial, onde os povos e as comunidades decidem o que e como produzir.

Quanto ao avanço da repressão e da criminalização do protesto, nós, movimentos sociais e populares devemos articular-nos de maneira a gerar a força necessária para frear o avanço de leis antiterroristas e a inserção nas comunidades indígenas de nossos povos, bem como a militarização imperialista que instalou bases militares na América latina, na Europa e no Caribe.

Sensibilizar, agitar e promover lutas contra as transnacionais, mediante campanha de denúncias e boicote em todos os níveis.

Posicionar o feminismo com um projeto político antipatriarcal e anticapitalista. Reconhecer e promover os direitos dos migrantes e os direitos dos povos de livre trânsito entre as nações.

Plena solidariedade com o povo palestino e com todos os povos e nações oprimidos pelo poder colonizador e pelo imperialismo, bem como o repúdio às intervenções cívico-militares em Honduras, no Haiti e no Paraguai. Apoiamos os processos de paz, com a participação dos atores sociais e políticos na Colômbia. Solidariedade com o povo cubano contra o bloqueio; com a Argentina no processo de recuperação das Malvinas; com a Bolívia e sua demanda por saída ao mar; com o povo venezuelano no processo bolivariano e com os movimentos sociais na Grécia e na Espanha. No caso do Chile, solidariedade com o movimento estudantil em defesa da educação pública, gratuita e com o povo nação Mapuche, contra a repressão por parte do Estado.

Acompanhando a luta pela soberania de nossos territórios na América Latina, é necessário lutar pelo respeito à soberania de nosso corpo como território próprio das mulheres.

Entendemos que a superação da precarização trabalhista a que se veem expostas as maiorias de trabalhadores na América Latina e no mundo, passa pela mudança estrutural que altere as relações de propriedade e de produção de bens e serviços, valorizando o trabalho essencial desempenhado pelos trabalhadores como sustento sobre o qual se constrói toda a sociedade.

De maneira transversal, devemos avançar na construção de plataformas de luta comunicacional que não só permitam desvelar e difundir as demandas e alternativas de nossos povos frente ao modelo hegemônico, como forma de explicar as verdadeiras causas dos problemas que hoje nos afetam.

Devemos ser capazes de construir demandas unitárias que aglutinem todos os atores sociais e povos em disputa e que nos permitam traçar um horizonte estratégico para avançar, articulando e organizando a unidade entre o movimento sindical, social e político na América Latina, no Caribe e na Europa. Isso deveria ser traduzido em agenda de trabalho e de mobilizações para o período atual; porém, com expectativas a largo prazo.

Ao mesmo tempo, fortalecer a organização social e popular em cada setor de inserção, potencializando a amplificação de nossas demandas às grandes maiorias por meio da politização e da mobilização.

Não podemos dividir mais as instâncias organizativas nas quais estamos, conduzir rumo ao projeto da diversidade é o maior desafio que temos para a geração de uma alternativa real de poder popular. Romper com os sectarismos que fragmentam, dividem e impedem a construção de unidade do campo popular é uma tarefa urgente.

Frente ao poder do bloco dominante, somente a unidade a solidariedade entre nossos povos não darão a força necessária para atingir nossos objetivos e vencer.

Santiago do Chile, Janeiro de 2013





Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva
colaborou Léo Ramirez

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Argentina e Irã criam Comissão da Verdade para atentado de 1994




Argentina e Irã chegaram a um acordo para a investigação sobre um ataque a bomba em um centro judeu que matou 85 pessoas em Buenos Aires há 19 anos. O acordo prevê o estabelecimento de uma “comissão da verdade” liderada por juristas “com altos padrões morais e prestígio legal” para investigar o pior ataque na Argentina.

Os membros da comissão examinarão evidências e recomendarão como proceder “baseados nas leis e regulamentações de ambos os países.” Depois, os membros e os investigadores argentinos viajarão para Teerã para questionar os suspeitos.

Cristina Fernandez de Kirchner, presidenta da Argentina, descreveu como "histórico" o acordo assinado no domingo (27), na África, pelos ministros das Relações Exteriores Hector Timerman e Ali Akbar Salehi. Em 18 de julho de 1994, uma van lotada de fertilizante e gasolina explodiu, destruindo o prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA). O caso nunca foi resolvido, assim como outro ataque ocorrido dois anos antes, contra a embaixada israelense em Buenos Aires, que matou 29 pessoas.

Promotores argentinos acusaram formalmente seis iranianos de coordenarem os ataque contra a AMIA sob ordens do seu governo. Entre os acusados está o atual ministro da Defesa iraniano, Ahmad Vahidi. Investigadores passaram vários anos tentando interrogar os suspeitos com a ajuda da Interpol, mas o governo iraniano tinha se recusado, até agora, a torná-los disponíveis para questionamento.
“Falhas e escândalo”

Cristina disse numa série de posts no Twitter que os inquéritos argentinos anteriores resultaram apenas em “falhas e escândalo, com um julgamento que acabou sendo um embuste”, quando altos oficiais foram acusados de acobertarem evidências e de deliberadamente atrapalhar os investigadores.

Em contraste, o processo, que precisa de aprovação legislativa dos dois países, oferece um quadro legal com direito ao devido processo legal para os acusados, o que poderia servir de modelo para a resolução do conflito, disse a presidenta argentina. O processo coloca a disputa definitivamente nas mãos de especialistas legais, inspecionado por árbitros independentes.

Em um tweet, a presidente disse que o acordo é importante porque a tragédia na AMIA “não pode mais ser usada como uma peça de xadrez num jogo de interesses geopolíticos longíquo.” Grupos judeus, por outro lado, deixaram claro o seu desconforto pela decisão argentina de tentar melhorar suas relações com o Irã, apesar de o caso do ataque à AMIA ainda estar pendente.

“É um passo atrás monumental”, disse Luis Czyzewski, que perdeu sua filha Paola no evento, segundo a Agência Judia Argentina de Notícias no domingo (27). “Eu acho que todas as famílias vão rejeitar o acordo e ficar tão revoltados quanto eu”, completou Czyzewski. Uma descrição do acordo feita pela agência iraniana FARS afirmou que depois de anos, as investigações argentinas “falharam em avançar com o caso ou provar qualquer coisa contra o Irã, o que indica que o Irã é inocente.”

 O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad havia dito em outubro que uma vez que as investigações tomassem lugar “de forma acurada e imparcial, então o cenário para a intensificação dos laços entre Irã e Argentina estaria preparado”, segundo o relatório da FARS.




Fonte: Al-Jazeera, Vermelho
Tradução: da Redação do Vermelho, Moara Crivelente

Imagem: Google

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Comunidade judaica argentina rejeita acordo com Irã por atentado de 1994


A comunidade judaica argentina, a maior da América Latina, rejeitou nesta segunda-feira o acordo firmado entre a Argentina e o Irã para formar uma comissão da verdade pelo atentado antissemita contra a sociedade mutual AMIA em 1994, que deixou 85 mortos.

A Argentina acusa o Irã de ser o autor intelectual do atentado, o que Teerã nega veementemente.

A formação de uma 'Comissão da Verdade', que não é reconhecida pelas leis argentinas que regulam o processo penal, implicaria em um declínio de nossa soberania — informaram a AMIA e a DAIA, as duas maiores representações dessa comunidade na Argentina.

Israel reagiu ao acordo nesta segunda-feira com "surpresa" e "decepção", enquanto os Estados Unidos adotaram uma postura mais cautelosa, ressaltando que irão aguardar os resultados do trabalho da comissão independente.


Victoria Nuland
— Sempre quisemos que os autores do atentado fossem julgados. Se o governo argentino pensa que isto vai nos aproximar disso, bom, vamos esperar — disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em coletiva de imprensa.

A chancelaria israelense afirmou em um comunicado que o embaixador argentino será convocado "para que forneça explicações sobre a iniciativa de seu governo".

Em seu pronunciamento contra o acordo, as entidades judaicas locais indicaram que "ignorar tudo o que foi feito pela justiça argentina e substituir isso por uma comissão que, no melhor dos casos, emitirá sem prazo definido uma 'recomendação' às partes, constitui, sem dúvida, um retrocesso no objetivo comum de obter justiça".

Segundo o acordo firmado no domingo em Addis Abeba pelo chanceler argentino, Héctor Timerman, e seu colega iraniano, Ali Salehi, os iranianos acusados poderão ser interrogados em Teerã pelo promotor e juiz encarregado do caso na Argentina.

Buenos Aires exige desde 2006 a extradição de oito iranianos pelo atentado contra a AMIA, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, o ex-presidente Ali Rafsanjani (1989-1997) e o ex-chanceler Ali Akbar Velayati, todos eles com mandado de busca internacional emitido pela Interpol.

A AMIA, que reúne instituições da comunidade judaica, e a DAIA (Delegação de Associações Israelitas da Argentina), seu braço político, lembraram que a Interpol, depois das apresentações realizadas pelos promotores argentinos do processo, resolveu que "as provas eram suficientes e aptas para requerer as prisões".

A Comissão da Verdade será integrada por juristas independentes que não poderão ser cidadãos de nenhum dos dois países.

— Qualquer Comissão que seja criada não pode ter outra função que a de controlar ou fiscalizar a legalidade dos inquéritos — reagiram a AMIA e a DAIA sobre o acordo entre Buenos Aires e Teerã, que deve ser aprovado por ambos os Congressos.

Argentina e Irã iniciaram em outubro negociações na sede das Nações Unidas em Genebra para resolver as ações judiciais pendentes na investigação do atentado.

O governo iraniano nega qualquer participação no atentado e rejeitou as acusações de terrorismo contra seus oito cidadãos requeridos, negando-se a cumprir as ordens de captura emitidas pela Interpol, o que manteve o processo judicial paralisado por anos e sem detidos.

A comunidade judaica da Argentina é a mais numerosa da América Latina com 300 mil pessoas.


Fonte: Zero Hora 
Imagem: Google


Israel administrava injeções contraceptivas à força em imigrantes da Etiópia


Os judeus etíopes começaram a migrar para Israel nos anos 80, mas alguns rabinos questionam seu judaísmo. Foto: Divulgação/GPO

O estado de Israel assumiu pela primeira vez que tem dado injeções de anticoncepcionais em imigrantes judeus da Etiópia, muita vezes sem o consentimento delas. O governo havia negado anteriormente a prática, mas o atual diretor geral do ministério da saúde pediu aos ginecologistas que parassem de administrar a droga.

De acordo com o jornal Haarezt, que publicou a notícia neste sábado (27), suspeitas da prática foram levantadas pela repórter investigativa Gal Gabbay, que entrevistou mais de 30 mulheres vindas da Etiópia para descobrir por que os índices de natalidade dessa comunidade de imigrantes caíram tão drasticamente.

“Eles (a equipe médica) nos diziam que era vacinação. Nós tomávamos a cada três meses. Dissemos que não queríamos”, afirmou uma das entrevistadas. Algumas mulheres teriam sido forçadas ou coagidas a receber as injeções em campos de transição para imigrantes etíopes. Acredita-se que a droga em questão é a Depo-Provera, considerada um contraceptivo eficiente e duradouro.


Benjamin Netanyahu
Desde a década de 1980, quase 100 mil judeus etíopes mudaram-se para Israel usando a Lei do Retorno, mas seu judaísmo tem sido questionado por alguns rabinos. Em 2012, o primeiro ministro Benjamin Netanyahu afirmou que “os imigrantes ilegais da África ameaçam nossa existência como estado judaico e democrático”.

Carta do ministério orientou médicos a interromperem a prática

O jornal Haaretz publicou um trecho de uma carta enviada pelo ministério da saúde aos centros de saúde que administram as drogas. O documento orientava os médicos a “não renovar as prescrições de Depo-Provera para mulheres de origem etíope se, por alguma razão, houver preocupação de que elas não compreendam as ramificações do tratamento”.

“Descobrir o uso de Depo Provera através de uma investigação é extremamente preocupante e levanta questões sobre o perigo de políticas de saúde com implicações racistas e que violam a ética médica”, afirmou Sharona Eliahu Chai, advodaga da Associação de Direitos Civis de Israel (ACRI).





Fonte: NavalBrasil, Sul21



sábado, 26 de janeiro de 2013

Pepe Mujica: "Governamos a globalização ou é ela que nos governa?"


Relembrando


O Presidente do Uruguai José Pepe Mujica faz um contudente discursco Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.






Fonte: Vermelho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Argélia - O perigo de uma única história




Em Outubro de 2011 o Blog do Octopus já alertava:

A Argélia poderá ser o próximo alvo da NATO

Michel Collon, jornalista e escritor belga, revela numa entrevista porque é que a Argélia pode ser o próximo alvo da NATO, assim que esta resolva o problema da Síria e com a sua "revolta popular."

A Argélia é simultâneamente o maior país africano, o maior país do mundo árabe e o maior país do mediterrâneo. Mas a Argélia é sobretudo um dos maior produtores mundial de gás e petróleo.

Próximo alvo: Argélia

As multinacionais nunca irão perdoar as tentativas de independência económica e política, assim como as guerras de independência levadas a cabo por certos países, como a Argélia.

Para elas (as multinacionais), as riquezas e o dinheiro devem servir os seus interesses, não querem ver nesses países políticas sociais na saúde, na educação ou na satisfação dos povos. Como sabem, a Argélia é um dos países modelo em termos de resistência anticolonialista, foi um país que procurou seguir a via dos não-alinhados e tentou a unificação dos países do terceiro mundo.

Considero a Argélia um país punido porque não deixou que as suas riquezas ficassem nas mãos das multinacionais.

Tradicionalmente, as potências imperialistas tentam apoderar-se das riquezas dos países do terceiro mundo com simples pressões, colocando no poder presidentes servidores dos seus interesses. Quando esses seus interesses não são concretizados, não olham aos meios para os alcançar: chantagem, assassinatos encomendados, desencadeamento de guerras civis ou ataque puro e simples dos países não-dóceis.

Vimos esta estratégia com a Venezuela, o Afeganistão, a Bolívia e com todos os países que não quiseram ajoelhar-se. A situação geográfica da Argélia é estratégica. Está claro que os Estados Unidos não vão fazer dela uma exceção. Penso que por enquanto, eles vão continuar a jogar ao jogo da cenoura e do bastão, mas não podemos afastar outro cenário. A Argélia pode ser o próximo alvo se ela não se vergar perante a ganância das multinacionais.

O terrorismo não incomoda os Estados Unidos.

Basta conhecer o mapa petrolífero e as posições estratégicas que ocupam os países para saber onde os Estados Unidos e a Europa querem instalar as suas bases militares.

Não se trata de lutar contra o terrorismo, esse faz parte da estratégia americana. O terrorismo não incomoda nada os Estados Unidos. Terroristas com mandados de captura por atentados contra civis estão neste momento em Miami sob a proteção dos americanos.

Convém lembrar que foram os Estados Unidos que armaram Bin Laden e terroristas para depor um estado progressista no Afeganistão, que apoiam Israel que massacrou um povo inteiro...e os exemplos são numerosos.

A região do Sahel não é exceção, temos que inseri-la num mundo global para perceber a estratégia das potências multinacionais. A instalação das bases militares e a apropriação das riquezas de uma região são os principais objectivos.

Os Estados Unidos não querem eliminar o terrorismo, antes pelo contrário, querem servir os seus interesses, porque para acabar com o terrorismo, tem-de se acabar com a pobreza, a fome, as injustiças e a exploração...


Fonte: Octopus

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Entenda a Argélia - 2009

 A Argélia é um importante produtor de gás natural e de petróleo, dispondo também de importantes jazidas de ferro no Sudoeste, bem como de ouro, de urânio e de zinco no extremo Sul. O sector dos hidrocarbonetos é o pilar da economia da Argélia, sendo responsável por cerca de 65% das receitas orçamentais, 30% do PIB e por volta de 98% das receitas de exportação. Em 2008, a Argélia era o 10º país com as maiores reservas de gás natural do mundo e o 6º maior produtor de gás. Era ainda o 15º país com maiores reservas de petróleo e o 14º produtor mundial.

Desde os anos 70 que o motor da economia argelina é o sector energético, particularmente os hidrocarbonetos. O desenvolvimento económico do país e o pagamento do serviço da dívida são maioritariamente dependentes das receitas conseguidas com as vendas de hidrocarbonetos. Desde a independência do país que o Governo argelino consagra a grande maioria dos meios de investimento
disponíveis ao sector energético, marginalizando os restantes sectores da economia nomeadamente a agricultura.



Após a nacionalização do gás natural e do petróleo, em 1971, a Sonatrach (empresa estatal) passou a dominar o mercado. O seu papel hegemónico no sector passa não só pela formulação da política argelina no que respeita ao gás e ao petróleo, mas também pela prospecção, produção, distribuição e exportação de hidrocarbonetos. Esta mono-produção, mono-exportação e mono-investimento acarreta uma grande dose de incerteza e instabilidade, já que depende, como é óbvio, das oscilações dos preços de petróleo nos mercados internacionais. A Sonatrach é a maior fonte de divisas na Argélia. É também o maior consumidor de crédito externo para o investimento. Estima-se que o programa da Sonatrach até 2010 tenha um custo de aproximadamente US$20 biliões. Grande parte dos fundos necessários virá das receitas do petróleo (actualmente em alta). Caso as receitas não consigam cobrir a totalidade dos fundos, recorrer-se-à à dívida externa. Os investimentos planeados pelo grupo para os próximos anos concentram-se na ampliação da capacidade produtiva de gás e petróleo, tanto na construção de novos centros, como investimentos a realizar em instalações já existentes. Mas a Sonatrach planeia igualmente investir em aquisição de tecnologia. O objectivo é permanecer como um dos principais exportadores de energia para a UE. A falta de upgrade tecnológico é um sério handicap e a Argélia receia a perda gradual de mercados externos, caso não se actualize a tempo.

Esta “petro-dependência” vai mais longe. O sector energético é a única fonte do investimento argelino no exterior, no qual a Sonatrach é praticamente o único investidor com relevo, com posições na UE e na Turquia.

Após anos de guerra civil e de tensões políticas, a Argélia experimenta agora uma melhoria económica significativa, em grande medida ajudada pelos fortes rendimentos das exportações do gás natural e do petróleo. Segundo os dados da EIU, em 2008, o crescimento real do PIB da Argélia foi de 3,5%. As exportações de gás natural e de petróleo representaram, mais de 95% das exportações argelinas, funcionando como a principal driver do crescimento económico deste país.

Segundo a BP, em finais de 2008, a Argélia detinha em reservas provadas de petróleo o equivalente a 12,2 mil milhões de barris. A Bacia de Hassi Messaoud possui 70% do total das reservas provadas de petróleo do país. As restantes
reservas situam-se na Bacia Berkine. Com as recentes descobertas de petróleo e com planos para mais explorações através de perfurações, pensa-se que as reservas provadas de petróleo poderão aumentar nos próximos anos. Em termos
de produção de petróleo, ao longo de 2008, a produção média de petróleo bruto foi de 1993 mil barris/dia, tendo exportado 1,88 mil barris/dia. Em termos de consumo interno de petróleo, em finais de 2008, foi de 311 000 barris/dia.

Desde Março de 2005, com a aprovação da nova Lei sobre os Hidrocarbonetos, a Sonatrach deixou de deter o monopólio da produção do petróleo, de refinamento e de transporte. Porém, em 2006 com as emendas introduzidas à Lei dos
Hidrocarbonos, foi criado um imposto sobre os lucros das companhias de petróleo internacionais (IOCs) quando o preço do petróleo ultrapassar os US$30 por barril. Este imposto chegou aos 50% em alguns contratos, atenuando o entusiasmo dos investimentos de algumas IOCs. Para além do mais, as emendas introduzidas proporcionaram à Sonatrach o direito de ter 51% ou o direito a uma opção de
participação mais elevada em cada projecto novo de descoberta. Ao lado da Sonatrach, a agência reguladora do Estado – Alnaft – promove a exploração do petróleo, assina contratos upstream, aprova planos de desenvolvimento e colecta as royalties e os impostos. Em 2006, a Argélia fez o seu sexto round de atribuição de licenças a investidores estrangeiros interessados no desenvolvimento das reservas de petróleo e de gás. Das 54 companhias que se mostraram
interessadas, algumas que ganharam os direitos de exploração foram a BP (ganhou três concessões), a BHP-Billiton (ganhou duas concessões), Shell (ganhou duas concessões) e a UAE-US joint venture Gulf Keystone (ganhou duas concessões).

A Sonatrach opera no maior campo petrolífero da Argélia – Hassi Massaoud. Os operadores petrolíferos estrangeiros têm aumentado continuamente a sua participação na produção do petróleo argelino, destacando-se a Anadarko (EUA).

A Argélia utiliza sete terminais costeiros para exportar petróleo bruto, produtos refinados, gás de petróleo liquefeito (GPL) e gás natural liquefeito (GNL). Estes terminais situam-se em: Arzew (responsável por 40% do total das exportações de hidrocarbono), Skikda, Argel, Annaba, Oran, Bejaia, e La Skhirra (este último na Tunísia).

A Sonatrach é responsável por 3 862 km de oleodutos para transporte de petróleo bruto no país. Os oleodutos mais importantes transportam petróleo bruto do campo Hassi Messaoud para os terminais de exportação. A Sonatrach também é responsável pelas redes de oleodutos de petróleo condensado e GPL que ligam Hassi R'mel e outros campos para Arzew. Actualmente, a Sonatrach está a expandir o pipeline de Hassi Messaoud-Azrew (o maior do país). O projecto visa a construção dum segundo, em linha paralela, o qual irá duplicar a capacidade da linha existente.

A Argélia tem ainda um oleoduto de petróleo bruto ligado a um país externo, nomeadamente o que liga o campo petrolífero de In Amenas (no Sudeste da Argélia) ao terminal de exportação em La Skhirra (na Tunísia).

A Naftec, uma subsidiária da Sonatrach, opera em quatro refinarias argelinas, as quais aprovisionam a maior parte das necessidades do país em relação a produtos petrolíferos refinados. Em relação ao gás natural, segundo a BP, em 2008, a Argélia tinha 4,50 triliões de m3 de reservas provadas de gás natural, com um R/P de 52,1 anos.


Campo de gás argelino Hassi R'Mel  

O maior campo de gás argelino é o Hassi R'Mel, descoberto em 1956, e tem reservas provadas de 2,4 bmc. Hassi R'Mel  representa cerca de um quarto do total da produção de gás seco da Argélia. Segundo a BP, em 2008 a Argélia produziu 86,5 bmc de gás natural. A produção comercial do gás natural na Argélia começou no início dos anos 60. No final de 2008, a Argélia consumiu 25,4 bmc de gás natural.

Em relação à exportação de gás natural, em 2008, e mais uma vez segundo os dados disponibilizados pela BP, a Argélia exportou via gasoduto 37,50 bmc de gás natural e via marítima 21,87 bmc de GNL.

Também no âmbito do gás natural é a Sonatrach que domina a produção e a distribuição por grosso na Argélia, enquanto outra companhia estatal – a Sonelgaz – controla a distribuição a retalho. A Argélia tem permitido um aumento do investimento estrangeiro neste sector e os produtores estrangeiros de gás têm estabelecido numerosos acordos de parceria com a Sonatrach, a Argélia é um dos principais produtores e exportadores mundiais de gás natural. Existem também planos para a permissão de participação estrangeira no sector do retalho do gás natural. Alguns dos operadores estrangeiros na Argélia são a BHP-Billiton, a BP, a Repsol, a Statoil e a Total.

O sistema de gasodutos argelinos, a nível interno, encontra-se organizado em torno do campo de gás Hassi R'Mel: (i) que estabelece a ligação aos terminais de exportação de GNL, situados ao longo do mar Mediterrâneo; (ii) um gasoduto, de
507 km, que produz 124 mil milhões de m3/dia a liga Hassi R'Mel a Arzew; (iii) um gasoduto de 507 km, que produz 54 mil milhões de m3/dia liga Hassi R'Mel a Skikda; (iv) um gasoduto mais pequeno (com 435 km) passa entre Hassi R'Mel e Isser, perto de Argel e produz 19,54 milhões de m3/dia.

A nível de ligações externas, duas vias de acesso ligam a Argélia aos mercados europeus, permitindo a exportação de 60% do gás argelino exportado (pela Sonatrach), nomeadamente:

Gasoduto Enrico Mattei ou Trans-Mediterrâneo
Este gasoduto vai desde Hassi R'Mel até Itália, através da Tunísia, aprovisionando Itália, Tunísia e Eslovénia. Segundo a Sonatrach, trata-se dum instrumento da política de penetração do gás argelino em Itália e potencialmente nos
Balcãs. Actualmente, a sua capacidade atinge os 26 bmc, estando previsto a meio termo um aumento da sua capacidade para os 32,5 bmc/ano.

Gasoduto Duran Farell ou Magrebe-Europa Gás (MEG, também conhecido por Pedro)
– O MEG, foi construído entre 1994 e 1996, ligando Hassi R'mel com Cordoba, via Marrocos ligando Espanha e Portugal à rede de transmissão de gás. Desde 2004, a sua capacidade é de 11,5 bmc/ano.

Paralelamente, a partir de 2001, a Sonatrach viu a confirmação de vários projectos internacionais: dois pipelines no Peru; o Gasoduto Nigéria-Argélia (“Economia e
Ecologia”); o Projecto Gasoduto Galsi – que ligará Argélia-Itália via Sardenha; e o Projecto MedGaz, que fará a ligação Argélia-Europa.

Como se pode verificar, a “especificidade” da economia argelina, em que mais de 90% das suas exportações são de hidrocarbonetos, é uma questão incontornável nas suas relações comerciais.

As exportações regulares de hidrocarbonetos, para as quais contribuiu em muito a procura europeia, têm levado a um excedente considerável no comércio externo argelino na maior parte dos anos. Nos últimos anos, os elevados preços do petróelo conduziram a superávites avultados na balança comercial. As receitas de exportação, directamente dependentes das oscilações nos mercados mundiais dos
preços do petróleo, reflectem bem esta dependência. Já o gás natural, é menos sensível a flutuações nos preços.

Analisando a repartição do comércio externo argelino por grupos de produtos constata-se a forte concentração da economia quer nos produtos energéticos, nas exportações, quer nos bens de capital, nas importações.

Relativamente às exportações argelinas, estas concentram-se sobretudo nos hidrocarbonetos, tendo representado mais de 85% do total em 2005.

Nos últimos anos, a grande dinâmica tem sido o acréscimo nas importações de bens de equipamento, que se tornou a principal mercadoria comprada ao exterior. A Argélia tem realizado grandes investimentos a nível das infra-estruturas,
sobretudo no sector energético. Na posição seguinte, aparecem os produtos intermédios semi-acabados, seguidos pelos produtos alimentares, uma componente fundamental, já que a Argélia é deficitária em bens alimentares.

Relativamente à distribuição geográfica das exportações argelinas, em 2005, os EUA ocuparam a posição cimeira, sendo seguido pelos países da UE – Itália, Espanha e França. Com efeito, a UE concentrou 55% das exportações.

A subida dos preços do petróleo e as recentes preocupações relacionadas com o fornecimento de gás natural russo à Europa Ocidental, serviram para salientar a importância estratégica da Argélia como fornecedor europeu deste tipo de
produtos, representando actualmente cerca de 25% do total das importações de gás natural da UE.

No que se refere aos principais fornecedores da Argélia, a liderança coube em 2005 à França (28,2%), seguida pela Itália (7,8%), Espanha (7,1%), China (6,6%) e Alemanha (6,3%).

O investimento directo estrangeiro (IDE) na Argélia começou a ter valores mais significativos a partir de 1996, após ter sido criada em 1995 a agência oficial de promoção do investimento. Nos últimos 5 anos, os fluxos anuais de IDE têm atingido montantes com peso na região do Norte de África, mas com pouca expressão a nível mundial. O stock de IDE na Argélia foi de US$8,3 mil, em 2005, correspondendo a 9,7% do total do Norte de África.

Segundo o World Investment Report 2009, em 2008, a Argélia recebeu US$2 646 000 de IDE. Os sectores que mais oportunidades oferecem aos investidores estrangeiros são o eléctrico, mineiro, hidrocarbonetos e gás.

Existem, no entanto, alguns obstáculos práticos ao investimento estrangeiro, principalmente um setor bancário pouco modernizado e uma enorme teia burocrática, composta por leis e regulamentos destinados ao comércio e ao investimento que dificultam o acesso ao mercado.




Fonte: geema
Imagem: Google

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O perigo de uma única história








Fonte: Youtube


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