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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lula critica duramente países ricos por política anticrises



O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta (03) duramente aos países ricos pela política anticrises aplicada, a qual -assegurou- "castiga às vítimas e distribui prêmios entre os responsáveis"

                                          
  As crises sempre são respondidas da mesma forma pelos países desenvolvidos: com austeridade para os trabalhadores e distribuição de benefícios para o sistema financeiro, que causou a crise, apontou Lula ao falar em um Seminário sobre Cooperação com África, que se efetua no Rio de Janeiro.

"Ao sistema financeiro, dão todo o apoio para que não sofra com a crise; e aos trabalhadores, aos acomodados, aos mais frágeis, aos países mais pobres, nenhum socorro", sublinhou o ex-mandatário em seu primeiro discurso público, após o desaparecimento do tumor na laringe, que lhe detectaram em outubro de 2011.

O ex-presidente sustentou que as medidas de austeridade das nações ricas se traduzem em redução dos investimentos públicos, dos salários e dos benefícios dos trabalhadores, bem como aumento das demissões e o incremento da idade mínima para a aposentadoria.

Esses países, prosseguiu, pedem austeridade aos povos, aos trabalhadores e aos governos dos países mais frágeis economicamente, e ao mesmo tempo aprovam pacotes e pacotes de injeção de recursos ao sistema financeiro, justo para os setores responsáveis pela especulação que gerou a crise que estamos vivendo.

"Isto é, castigam às vítimas da crise e distribuem prêmios entre os responsáveis por ela. Há algo de errado, muito errado, nesse caminho", disse.

Lula assegurou que tudo faz indicar que os organismos multilaterais não têm autoridade nem governança para fazer valer suas deliberações, porque recorda que em 2009 os países do G-20 chegaram a um acordo sobre um conjunto de medidas para reforçar a regulação dos mercados financeiros.

"De lá para cá, nada foi feito nesse sentido. Observo a evolução da crise e constato com tristeza que muitos governantes dos países ricos continuam movidos pela mesma lógica que produziu a crise de 2008, ainda não resolvida", apontou o ex-mandatário.

Já sobre as relações de cooperação entre Brasil e África, Lula referiu que tiveram um grande impulso em seu governo, porque não foram paralisadas pela crise internacional, que não foi criada nem pelos brasileiros nem pelos africanos.

Assim mesmo, elogiou as medidas que adotam os governos africanos para enfrentar o atual palco econômico internacional, como aumentar os investimentos e o consumo interno. "O continente (africano) consolida a passos longos a democracia, apesar de alguns problemas que possam existir", afirmou.





Fonte: IrãNews
Imagem: Google

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