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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Exército na Petrobras???

Integrantes do Exército em exercícios realizados na Refinaria do Paraná

A força de trabalho da Repar teve a oportunidade de conferir, no dia 20 de setembro, uma palestra com integrantes da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão do Exército. O objetivo foi esclarecer ao público sobre a operação Ouro Negro que vem sendo realizada na Repar.

Major Benetti fez uma abertura destacando que as forças armadas precisam estar sempre preparadas. “Para se manterem adestradas a Artilharia realiza esses exercícios, como os que estão sendo realizados na Repar”.
Na sequência, o Major Mattos Junior explicou o próximo exercício, que acontecerá no dia 29 de setembro, em que os trabalhos serão voltados à segurança das instalações da Repar. “Utilizaremos todo o material militar necessário para o cumprimento da missão. Desde o armamento individual até carros de combate”.
A palestra realizada teve o apoio da Segurança Patrimonial da Repar e do GAPRE/SE/REGCWB. Na ocasião, Jacson Nazareno de Godoi (GAPRE/SE/REGCWB) destacou a importância de esclarecer aos interessados sobre os exercícios realizados dentro da refinaria e também ressaltou o trabalho em conjunto com o Exército. “Essa parceria é fundamental para o sucesso de nossos trabalhos”.

Refinaria da Petrobras no Paraná (REPAR)

Operação Ouro Negro





Carros de combate, tanques e armamentos de artilharia pesado, o que será que está por trás dessa movimentação das Forças Armadas do Brasil?
Um fato incomum desses deveria ser informado pela mídia, mas não se encontra absolutamente nada sobre essa Operação do Exército, é de estranhar tais atitudes.
Só tive conhecimento por fontes de dentro da Petrobras, que pediram para se manterem anônimas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

50 mil mortos para salvar os Bancos Franceses

Os assassinos comemorando


– A intervenção da OTAN é para resgatar bancos franceses e o euro

Reproduzo este texto para que chegue ao conhecimento do maior número de pessoas. A humanidade tem que acordar para a verdade.

por Xander Meyer

Nestes últimos meses demasiados absurdos têm sido anunciados acerca da guerra "humanitária" da OTAN contra a Líbia, chamada de necessária mas de fato escandalosa, na qual pereceram cerca de 50 mil pessoas. Assim, colocamos lado a lado alguns fatos que mostram as razões reais para expulsar Kadafi. Elas nada têm a ver com o seu não existente "derramamento de sangue", mas tudo a ver com o resgate dos perturbados bancos franceses e com eles o euro. Veja como – mais uma vez – você foi terrivelmente enganado pelos políticos e os media.

É um fato que em relação a países como o Bahrain, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos não foram planeadas quaisquer intervenções para expulsar os ditadores que os dominam. Ao contrário: países europeus como a Alemanha oferecem a estes regimes conhecimento profissional e armas. Então, por que uma intervenção na Líbia?

Em Outubro de 2010, Nuri Mesmari, chefe do secretariado de Kadafi, foi interrogado em Paris pelos serviços secretos franceses. Em medias asiáticos, dentre outros, foi informado que Mesmari teria revelado segredos de estado líbios contra um importante pagamento. Para o presidente Sarkozy isto foi uma bofetada na cara, em particular porque Kadafi teria a intenção de retirar todos os milhares de milhões líbios da Europa. Estes ativos estavam em especial com bancos franceses e seriam transferidos para a Ásia.

Medo do colapso de bancos franceses

Sarkozy temia que este passo tivesse conseqüências de longo alcance para os bancos franceses que de qualquer forma já estavam com perturbações e que não sobreviveriam à retirada dos milhares de milhões do petróleo líbio. E se bancos franceses entrassem em colapso, a França não seria capaz de participar mais nos Fundos de Resgate Europeus, os quais também fracassariam. Haveria uma cadeia de reações que poriam em perigo a continuação do euro e toda a zona euro.

Também desempenhou um papel o fato de Kadafi ter anunciado que já não compraria o avião caça francês Rafale e de qualquer forma não encomendaria a construção de uma central nuclear líbia à França. A corporação francesa Total queria novos contratos de petróleo na Líbia, mas Kadafi concedeu-os à companhia italiana ENI (Kadafi e o primeiro-ministro italiano, Berlusconi, são bons amigos).

O resto passou-se aproximadamente como o golpe de estado no Irão em 1953. Então foi a CIA que o pôs de pé, agora foi a França que fez o mesmo na Líbia. No respeitado Asia Times está tudo descrito em pormenor. Primeiro a França assegurou-se do apoio da Arábia Saudita e do Bahrain com a promessa de deixar estes regimes em paz com as suas violações de direitos humanos. Ambos os regimes árabes arranjariam o apoio da Liga Árabe. "Naturalmente", os EUA, juntamente com alguns países europeus (dentre os quais a Holanda) também participaram para impedir o colapso dos bancos franceses.

Insurgência dos rebeldes organizada pela França

Bernard Henri-Lévy, filósofo francês e querido dos media, foi despachado para Bengazi a fim de se tornar o porta-voz do "movimento rebelde" que foi amalgamado pelos serviços secretos ocidentais. Na presença dos media a trombetearem, Henri-Lévy telefonou de Bengazi para Sarkozy e anunciou o início do movimento democrático líbio que destituiria Kadafi. A seguir, os saldos líbios na banca foram congelados e os bancos franceses foram – temporariamente – resgatados.

Todo o circo parecia bastante convincente para os povos do ocidente. Na Líbia, a rivalidade existente entre diferentes tribos foi explorada para fazer com que os media relatassem passo a passo acerca de conquistas fictícias de territórios. A fase seguinte também foi planeada previamente: o apoio a estes rebeldes por parte da OTAN.

Há informações de que a CIA teria transferido 1500 caças do Afeganistão para a Líbia a fim de apoiar os rebeldes vieram de círculos governamentais paquistaneses, cujo relacionamento com a CIA esfriou abaixo do ponto de congelamento. Desde a eliminação de Osama bin Laden, o Paquistão, irritado, começou a difundir toda espécie de falsos rumores acerca da CIA. Um dos rumores foi a transferência de centenas de persas e uzbeques para a Líbia. Mas numerosos jornalistas na Líbia que estavam constantemente a acompanhar os rebeldes não encontraram ali um único persa ou uzbeque.

Acordo de petróleo em troca do apoio à insurgência

Retorno à França. Aqui os milhares de milhões do petróleo líbio permanecerão, quanto à parte principal, em mãos de bancos franceses. De provavelmente mais de €10 mil milhões, a França quer entregar no máximo €1,5 mil milhão ao novo governo líbio. E, a propósito, bancos em outros países da UE agora também se podem sentir aliviados. Além disso, em troca destes milhares de milhões eles podem vender um bocado de mercadorias à Líbia. Finalmente, o novo governo líbio terá de mostrar sua gratidão pela "libertação" do seu país. Os media anunciaram hoje (1/Setembro/2011) que a França na verdade fez um acordo petrolífero secreto com os rebeldes em troca do apoio francês à rebelião contra Kadafi.

Logo se verificará se a Líbia ainda decidirá comprar os caças a jacto franceses, encomendar a construção de uma central nuclear aos franceses e conceder concessões petrolíferas à Total francesa. Além disso, os serviços secretos terão de descobrir como podem fornecer trabalho novo aos seus diferentes contactos. A dama holandesa proxeneta de Kadafi já foi interrogada pelo AIVD, o serviço de segurança e inteligência holandês. Ela havia fornecido as prostitutas necessárias ao regime e talvez possa fazer o mesmo para as novas pessoas no poder.

França distribui o botim de guerra

De modo que agora se sabe como o "democrático" movimento líbio de rebelião saiu cá para fora e o que estava por trás deles. Cerca de 50 mil pessoas deram as suas vidas para evitar o colapso de bancos franceses e adiar por algum tempo o colapso do euro. Hoje (01/Setembro/2011) há uma conferência da "reconstrução" em Paris, onde mais de €34 mil milhões que a Líbia tem em contas bancárias ocidentais serão "distribuídos". Sarkozy posicionou-se como o grande homem da reconstrução da Líbia. Dizendo isto de outro modo: ele manterá a maior parte do botim em França por meios de contratos de milhares de milhões de euros com os novos líbios no poder.

Sábado passado anunciamos que brigadas relacionadas com a Al Qaeda se tornaram as mestras de Tripoli. Ontem o presidente dos EUA, Obama, confirmou isto. Em suma: as pessoas contra as quais o ocidente combate em países como Afeganistão e Iraque, a Al Qaeda, são os mesmos extremistas muçulmanos que a OTAN colocou sobre a sela na Líbia. É mais uma prova de que os princípios do ocidente são de valor nulo desde que dinheiro (grande) esteja envolvido. As senhoras proxenetas reais encontram-se na elite do poder financeiro e político.

Médio Oriente em chamas e fogo?

Enquanto isso, o grande jogo (final) continua. Sarkozy já anunciou publicamente que a República Islâmica do Irão pode ser o próximo alvo. Também os preparativos turco-sauditas para intervenção militar na Síria estão encaminhados. Você verá que a próxima grande guerra, que pode atear fogo a todo o Médio Oriente – e talvez mesmo países de fora dele – será apresentada pelos media como uma "surpresa completa", exactamente como a revolução líbia planejada pela França.


O original (em holandês) encontra-se em

http://xandernieuws.punt.nl/?id=639168&r=1&tbl_archief

A versão em inglês encontra-se em

http://www.courtfool.info/en_NATO_rescues_euro_in_Libya.htm

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ e

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=672cf3025399742b1a047c8dc6b1e992&cod=8615

Imagens colocadas por este Blog foram retiradas do google

Império Americano e sua Mídia mentirosa




Chávez rebate rumores sobre agravamento de sua saúde e ataca oposição

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, respondeu nesta quinta-feira os rumores gerados sobre sua internação por um suposto agravamento do câncer acusando a oposição de querer gerar incerteza e chamou-os a se comprometer e aceitar os resultados da eleição de 2012.

Como tem acontecido nas últimas semanas, Chávez recorreu a um telefonema à emissora estatal "VTV" para reafirmar que sua recuperação "vai bem" e pedir aos venezuelanos que não façam caso dos rumores sobre o suposto agravamento de sua doença.

O líder venezuelano fez os comentários depois de no dia anterior o jornal "El Nuevo Herald de Miami", dos Estados Unidos afirmasse que o líder havia sido internado de emergência na terça-feira no Hospital Militar e que seus médicos avaliavam sua transferência para outra instituição de saúde privada para ser tratado de problemas de insuficiência renal.

O jornal fundamentou a informação baseado-se em "fontes ligadas ao assunto" (sem citar nomes) e garante que o presidente tinha sido internado em "estado geral comprometido" e "bastante grave".

"Eu seria o primeiro, a população me conhece, eu seria o primeiro de todos os venezuelanos a dizer, a explicar e a comunicar qualquer dificuldade no processo (de tratamento). Não surgiu nenhum fato além do normal", garantiu o governante, que teve um tumor cancerígeno retirado em 20 de junho em Cuba.

Chávez considerou que essas mensagens buscam "gerar incerteza" e não hesitou em acusar os "laboratórios de guerra psicológica, principalmente a oposição política" na Venezuela e suas "conexões com o império ianque" de estar por trás deles.

"Se estou internado, eu não sei onde é. Eu estou aqui em meu lugar de trabalho e trabalhando", insistiu Chávez, que na semana passada concluiu o quarto ciclo de quimioterapia em Cuba e afirmou repetidamente que já não há células cancerígenas em seu corpo.

Ele afirmou que com este tipo de informações o que querem é mostrá-lo debilitado como parte de uma estratégia que, previu, "vai sucumbir diante da realidade.

"Eu peço ao povo venezuelano que não faça caso desses rumores", acrescentou, ao comentar que continua o "tratamento duro" que representa os quatro ciclos de quimioterapia e com "muita disciplina" em seu processo de recuperação.

O governante acrescentou que "é bom responder sobre isso", e explicou que na quarta-feira esteve com seu chanceler, Nicolás Maduro, após o retorno da Assembleia Geral da ONU e segue fazendo "suas tarefas em parte".

Chávez aproveitou seu discurso para atacar a oposição e fazer um pedido a eles: assinem um documento se comprometendo a aceitar os resultados eleitorais das presidenciais de 7 de outubro de 2012.

Além disso, ele desqualificou os pré-candidatos que aspiram ganhar as prévias internas da oposição de 12 de fevereiro, quem classificou como pessoas que se ajoelham aos pés dos Estados Unidos, que defendem a corrupção e "o indefensável: o capitalismo".

"Eu peço que exista um candidato, mas um verdadeiro candidato nacional, com o qual fosse possível debater, mas com estes que estão ai, que debate (pode acontecer)?", questionou.

O ministro de Comunicação venezuelano, Andrés Izarra, respondeu na quarta-feira à noite a publicação feita pelo "El Nuevo Herald": "Quem precisa de internação são os jornalistas do "Nuevo Herald", mas em um hospício", indicou Izarra em um comentário em sua conta @IzarraDeVerdad da rede social Twitter.

Nesta quinta-feira, por meio do mesmo veículo, o ministro afirmou: "Nuevo Herald rompe seu próprio recorde de mentiras" e acrescentou que "a campanha de rumores vai ser revertida.

Na mesma plataforma, ele defendeu o governante, dizendo que "@chavezcandanga (usuário no Twitter do presidente venezuelano) seguirá crescendo e os canalhas caindo", em alusão à oposição.

O governante retornou a Caracas há uma semana após dar por concluído o tratamento de quimioterapia que iniciou em julho.

E se fossem seus filhos? O que vocês fariam?

Em apoio ao post Imagens infames: soldados de Israel prendem crianças palestinas por brincar com armas de brinquedo. Blog Professor Jeovane "Esquerdopata"

O texto abaixo foi extraído de um texto maior intitulado "AS CRIANÇAS PALESTINAS SÃO MENOS IMPORTANTES?" (Are the Palestinian children less worthy?"), de autoria de Joseph Massad intelectual e historiador, professor associado de Historia Política Árabe Contemporânea da Universidade de Columbia e autor do livro The Persistence of the Palestinian Question (sem tradução no Brasil).

Em seu texto, o professor Josseph expõe as contradições da política Norte-Americana no Oriente Médio, em especial pela análise do discurso do presidente Barak Obama em relação a judeus e árabes e o engajamento cúmplice da imprensa ocidental com relação a esta mesma política e em relação as prisões e massacres de crianças Palestinas perpetuados por Israel na região.

Assassinando crianças árabes

A história de crianças árabes, especialmente as palestinas, não é somente trágico no contexto da violência israelense, mas também continua a ser ignorada, deliberadamente marginalizada, propositalmente suprimida nos EUA e na mídia ocidental - no discurso político ocidental.

Quando terroristas sionistas começaram a atacar os civis palestinos em 1930 e 1940, as crianças palestinas foram vítimas. O mais famoso destes ataques incluíram explosões de cafés palestinos por sionistas com granadas (como ocorreu em Jerusalém, em 17 de março de 1937) e na colocação de minas eletricamente cronometradas em feiras lotadas (usado pela primeira vez contra os palestinos, em Haifa em 06 de julho de 1938) .

Enquanto a violência da década de 1930 foi uma introdução para o Oriente Médio das horríveis violências, é na invasão sionista de 1947-1948 nas vilas e cidades palestinas que crianças palestinas não foram poupadas deliberadamente por tais terroristas.

Em dezembro de 1947, o alvo foi a aldeia Khisas, na Galiléia, 4 crianças palestinas foram mortas em um dos primeiros ataques da Haganah (exército paramilitar sionista). Comparado aos ataques subseqüentes,contra os palestinos, este provou ser um número pequeno. Na aldeia de Al-Dawayimah, onde um massacre da Haganah cometido em outubro de 1948, um soldado do exército israelita, citado pelo historiador israelense Benny Morris, descreveu a cena, tais como:

A primeira [onda] os invasores mataram cerca de 80 a 100 [pessoas] árabes, mulheres e crianças. As crianças foram mortas quebrando suas cabeças com paus. Não era uma casa sem mortos ... Um comandante mandou um sapeador colocar duas mulheres idosas em uma determinada casa ... e explodir a casa com elas. Os sapeadores se recusaram ... O comandante, então, ordenou aos seus homens que colocassem as mulheres velhas na casa e o mal foi feito. Um soldado se vangloriou de ter estuprado uma mulher e depois atirado nela. Uma mulher com um bebê recém-nascido nos braços foi empregado para limpar o pátio onde os soldados comiam. Ela trabalhou um dia ou dois. No final, eles atiraram nela e seu bebê.

Crianças palestinas foram assassinadas junto com adultos em abril de 1948 no massacre de Deir Yassin, para citar o abate mais conhecido de 1948. Isso continuaria não só durante as guerras de Israel contra os árabes em 1956, 1967, 1973, 1978, 1982, 1996, 2006 e 2008, quando indiscriminados bombardeios dos israelenses vitimaram milhares de crianças palestinas, mas também em mais massacres definitivos, tais como: em Qibya em 1953 onde até mesmo uma escola não foi poupada da destruição de Israel; em Kafr Kassem, em 1956, onde o Exército israelense massacrou 46 cidadãos palestinos desarmados em de Israel, sendo que 23 dos quais eram crianças.

Esta tendência iria continuar. Em abril de 1970, durante a Guerra de Atrito com o Egito, Israel bombardeou uma escola primária na cidade egípcia de Bahr al-Baqar. Das 130 crianças presentes na escola, 46 foram mortas e mais de 50 feridas, muitas delas mutiladas. A escola foi totalmente demolida. O primeiro massacre israelense em Qana, no Líbano, em 1996, não se poupou uma criança ou o adulto, e no segundo massacre na mesma aldeia em 2006 fez-se o mesmo - os adultos fora os adultos - 16 crianças foram mortas neste ano.

O número de crianças palestinas mortas por soldados israelenses na primeira Intifada (1987-1993) foi de 213, sem contar as centenas de abortos induzidos por granadas de gás lacrimogêneo, lançadas dentro de áreas fechadas destinadas às mulheres grávidas, e para além de o número de feridos.

A filial sueca da Save the Children estima que "23.600 a 29.900 crianças precisaram de tratamento médico por ferimentos nos dois primeiros anos da Intifada", um terço das quais crianças com idade inferior a dez anos de idade. No mesmo período, os ataques palestinos resultaram na morte de cinco filhos de Israel.

Na segunda intifada (2000-2004), soldados israelenses mataram mais de 500 crianças, tendo,pelo menos, 10.000 feridas e 2.200 crianças presas. Na televisão, assassinato da criança palestina Muhammad al-Durra abalou o mundo - mas não os judeus israelenses, cujo governo inventou a mais escandalosa e criminosa das histórias para exonerar Israel.

No ataque israelense em Gaza em dezembro de 2008, 1.400 palestinos foram mortos, dos quais 313 eram crianças.

Esta exposição de atrocidades não é simplesmente um regurgitar da história passada e presente de assassinatos de Israel a crianças árabes nas últimas seis décadas e mais além – esta é uma história bem conhecida em todo o mundo árabe - mas sim, para demonstrar como são obscenas as referências de Obama sobre as crianças judias, quando ele insiste em afirmar que os árabes deveriam demonstrar solidariedade com as crianças judias, sem nunca ter convocado os judeus para mostrar sua solidariedade para com um número muito maior de crianças árabes mortas pelos judeus. Mas o próprio Obama não demonstra simpatia para com as crianças árabes. Se ele tivesse tentado lamentar a taxa de crianças árabes, que caíram vítimas da violência israelense a uma taxa de centenas, senão milhares, de crianças árabes por uma criança judia, os árabes poderiam te-lo perdoado pela indiscrição.


Infelizmente, Obama não tem lugar no seu coração para as crianças árabes, apenas para os judeus. Ele ainda consegue infantilizar soldados israelenses judeus que matam palestinos, como sendo, nada menos que crianças inocentes, cujas famílias sentem saudades deles. Em seu discurso AIPAC, Obama exorta o Hamas "para libertar Gilad Shalit, que foi mantido longe de sua família durante cinco longos anos", mas não exorta Israel a libertar os 6.000 presos políticos palestinianos, entre os quais 300 crianças palestinas, trancafiados nas masmorras de Israel por muitos mais anos. Obama poderia, pelo menos, mencionar os relatos emitidos por grupos israelenses de direitos humanos sobre “a tortura de crianças palestinas detidas no final de 2010, por soldados israelenses”. No caso, dos alunos palestinos da sexta série que detidos, além de serem espancadas e privadas de sono por soldados israelenses, duas crianças de treze anos de idade testemunharam que, segundo o relato de um deles: "a coisa mais terrível que aconteceu, foi quando os soldados iam ao banheiro e faziam xixi em nós para não usar o sanitário”.


fonte:http://english.aljazeera.net/indepth/opinion/2011/05/20115291157953...
http://www.luisnassif.com/profiles/blogs/o-assassinato-de-criancas
vídeos: youtube

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bombas de Fragmentação na Líbia

OTAN joga Bombas de Fragmentação na Líbia




Para quem não tem conhecimento sobre o que significa Bomba de Fragmentação:

Bomba de Fragmentação




Bomba de fragmentação
(em inglês: cluster bombs ou cluster munitions) é um artefato explosivo que, quando acionado, libera uma certa quantidade de projéteis ou fragmentos menores, com a finalidade de causar grande número de vítimas, já que, além da concussão causada pela explosão em si, os fragmentos são lançados a alta velocidade em todas as direções, provocando ferimentos graves ou mesmo mortais dentro de uma grande área. Seu efeito sobre uma tropa é devastador: além dos mortos e feridos, causa um pânico generalizado, devido exatamente à sua crueza e brutalidade.








Pode ser usada também contra outros alvos - veículos, linhas de transmissão e abrigos - e lançada a partir do ar, do solo. Pode também ser usada como mina terrestre. A médio prazo, causa ferimentos e morte nas populações civis.



A definição de armas de fragmentação inclui toda munição, como granadas, foguetes e bombas, que contenha um grande número de bombas menores que, ao serem lançadas, espalham-se sobre uma grande área. Esses pequenos explosivos podem permanecer intactos por muitos anos e representam um perigo iminente para a população, podendo causar mutilações ou mortes no momento em que explodem. A maioria das vítimas são civis.



As submunições lançadas têm coeficiente de falha de 5% a 40%, podendo as bombas ficar enterradas, sem explodir, por muito tempo depois de terminada a guerra. Alguns especialistas estimam que pelo menos dez mil inocentes foram mortos, e um número muito maior de pessoas foram mutiladas pelas bombas de fragmentação em zonas de conflito, desde 1965 espalhadas pelo mundo.





Segundo o ex-soldado Simon Conway, da Cluster Munition Coalition (CMC), "no verão de 2006, o exército de Israel lançou milhões de pequenas bombas nas vilas xiitas empobrecidas do sul do Líbano, causando a morte de quase 300 pessoas, a maioria crianças. Elas costumam pegar esses objetos caídos no chão, o que já é o suficiente para que as minas sejam detonadas". Por curiosidade, as crianças agarram os pequenos projéteis não explodidos, que tem formas chamativas, como bolinhas de tênis ou latas de refrigerantes, mas são basicamente minas antipessoais.


Vários países usaram este tipo de arma em diferentes conflitos. A Rússia utilizou essas bombas na Geórgia; a OTAN as usou na Sérvia, e no Iraque; Israel usou no Líbano, em 2006; os Estados Unidos utilizou-as no Afeganistão, na Sérvia, no Laos e no Iraque, entre outros. No Iraque estima-se que os Estados Unidos e o Reino Unido já tenham sido lançados cerca de um milhão desses artefatos.



Por se constituir em sério problema de Direito Humanitário Internacional, uma campanha contra esses explosivos foi estabelecida em 2003.

No final da Conferência Diplomática realizada entre 19 e 30 de Maio de 2008, em Dublin, 107 países adotaram a Convenção sobre Munições de Fragmentação, comprometendo-se a assinar, até ao final de 2008, um instrumento legal vinculativo destinado a proibir a sua utilização, produção, transferência e armazenamento. A assinatura da Convenção sobre Munições de Fragmentação teve início em 3 de Dezembro, em Oslo, para vigorar seis meses após o depósito, por parte de 30 Estados, dos instrumentos de ratificação da Convenção na Organização das Nações Unidas.

Muitos governos, organizações não governamentais e entidades como a Cruz Vermelha Internacional têm respondido positivamente em favor do banimento da munição de fragmentação.

A Conferência de Dublin deve ser a última de uma série de conferências internacionais para se chegar ao fim do uso de armas de fragmentação. Mas os maiores fabricantes e usuários dessas armas - Estados Unidos, Rússia, China, Índia, Paquistão e Israel - nem compareceram à conferência. Rússia, China e Estados Unidos também são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e, sem o voto deles, a assinatura de um tratado de proibição do uso de armas de fragmentação se torna improvável.

Palestinos e América Latina: coincidências, divergências, decências





As presidentes da primeira e da terceira economia da América Latina, e que são as duas maiores da América do Sul, Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner, apoiaram de forma clara e contundente a Palestina. Seus estrategistas de relações exteriores se mobilizaram para conseguir a adesão unânime dos chanceleres sul-americanos a uma declaração conjunta dos países árabes e dos governos da América do Sul em defesa dos palestinos. Quase conseguiram: faltou um. O governo da Colômbia. O artigo é de Eric Nepomuceno.

De tudo que aconteceu nesses últimos dias na ONU, alguns momentos merecem atenção – e não me refiro aqui ao mais óbvio de todos, o discurso, esse sim histórico, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, pedindo para seu país ser aceito como estado-membro.

Também merece atenção um fato que diz respeito à América Latina: as posições adotadas pela região diante da reivindicação palestina mostram indícios de uma clara divergência, e que essa divergência reflete, por sua vez, um grau maior ou menor de alinhamento – ou dependência, conforme o ponto de vista – diante de Washington.

As presidentes da primeira e da terceira economia da América Latina, e que são as duas maiores da América do Sul, Dilma Rousseff e Cristina Fernández de Kirchner, apoiaram de forma clara e contundente a reivindicação palestina. E mais: seus estrategistas de relações exteriores se mobilizaram rapidamente para conseguir a adesão unânime dos chanceleres sul-americanos a uma declaração conjunta dos países árabes e dos governos da América do Sul em defesa dos palestinos.

Quase conseguiram: faltou um. O governo da Colômbia, terceira economia sul-americana e quarta da América Latina, preferiu não mandar seu chanceler ao encontro em que os termos do documento foram negociados. O próprio presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ao sair de um encontro privado com Dilma Rousseff, repetiu o que havia feito antes, em seu discurso na Assembléia Geral: um pedido para que Israel e os palestinos voltem a negociar ‘assim que possível’.

Outro país que preferiu manter-se à margem foi o México, segunda economia da América Latina. Em seu discurso na ONU, o presidente Felipe Calderón falou da turbulência que afeta seu país, criticou o tráfico de drogas, voltou a pôr a culpa dos estragos padecidos pelo México nos Estados Unidos, disse que 30% dos jovens norte-americanos são consumidores de drogas. Na hora de falar da reivindicação dos palestinos, disse que não era favorável e defendeu o diálogo com Israel. De peso político e econômico muito menor, a Guatemala também virou as costas para os palestinos.

O que chama a atenção, porém, é o fato de as quatro maiores economias latino-americanas estarem claramente divididas entre uma posição pró-palestina e outra, pró-Israel e pró-Washington.

É sabido e reconhecido que os países latino-americanos estão, hoje, muito melhor preparados que há dois anos para enfrentar as crises globais, cujo eixo saiu dos Estados Unidos e passou para a Europa. Isso deveria, ao menos em tese, permitir que pudessem adotar posições próprias, o que faria com que na hora de entrar em outras searas – os organismos financeiros multilaterais, por exemplo – estivessem fortalecidos para, juntos, defender interesses comuns.

Claro que há de se considerar a real possibilidade de que tanto Juan Manuel Santos como Felipe Calderón estejam realmente convencidos de que os palestinos não devem reivindicar nada e sentar-se com Israel para ver o que conseguem. Claro que pode acontecer que, de fato, haja uma plena coincidência com a intransigente posição de Washington, e que tudo não passe disso: uma coincidência.

Há outras coincidências, porém, que não podem ser ignoradas. Os dois países dependem visceralmente dos Estados Unidos. A Colômbia chegou a provocar fortes turbulências com seus vizinhos sul-americanos ao aceitar um pacto militar, em 2009, que previa a instalação de mais cinco bases dos Estados Unidos em seu território. Foi preciso a dura intermediação de vários presidentes sul-americanos, com Lula da Silva à cabeça, para impedir, na última hora, que o acordo fosse assinado. O México, por sua vez, depende a tal ponto da economia norte-americana que seu alinhamento com as posições de Washington é praticamente automático. Foram-se os tempos de uma política externa que mantinha independência e freqüentemente se chocava de frente com os ditames imperiais vindos da fronteira norte.

De coincidência em coincidência, vale também relembrar outra: não é de hoje que, apesar de todos os conflitos em seu comércio bilateral, Brasil e Argentina caminham por numa vereda cheia de pontos de encontro em suas políticas externas. Isso vem acontecendo desde 2003. Nestor Kirchner e Lula da Silva foram parceiros na hora de rejeitar a esdrúxula idéia norte-americana de criar a ALCA, a nefasta Aliança de Livre Comércio das Américas, liquidaram as dívidas de seus países com o FMI quase que na mesma época, atuaram juntos para impedir golpes de Estado na Bolívia, na Venezuela e no Equador. E essa coincidência se se repete agora, de forma sólida, com Dilma Rousseff e Cristina Kirchner.

Como se pode notar, há coincidências boas e coincidências ruins. Tudo depende do ponto de vista de quem observa. Há quem ache que atuar de maneira correta e consistente é ter plena liberdade para fazer tudo que seu mestre mandar. Há quem ache que atuar de maneira correta e consistente é ter integridade para fazer o que é mais digno. E não há coincidência possível entre uma e outra postura.


Fonte: reproduzido de Patria Latina/Carta Maior

terça-feira, 27 de setembro de 2011

E o drama dos Palestinos continua...


Israel permite mais 1.100 casas para colonos em Jerusalém Oriental

Responde Benjamin Netanyahu:

Israel aprovou um plano para construir 1.100 casas para colonos em Jerusalém Oriental, disse terça-feira o Ministério do Interior israelense.

O público tem 60 dias para apresentar qualquer objeção a esse plano, que acaba de ser aprovado pela comissão do ministério do desenvolvimento, segundo o comunicado, informou a AFP.

O comitê irá rever essas objeções possíveis antes de chamar à apresentação de propostas para a construção de habitação, um porta-voz do ministério.

Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deu a entender que ele não tinha a intenção de congelamento dos assentamentos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental novamente, a cidade ocupada e anexada por Israel em 1967, para tentar reabrir as negociações com os palestinos.

um pretexto utilizados e reutilizados, mas muitas pessoas ver que é uma manobra para evitar negociações diretas", disse ao Jerusalem Post, referindo-se aos palestinos que exigem que Israel congele para
acordo e retomar as conversações entre as duas partes.

Fonte: cubadebate, tradução google

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Exército Brasileiro em Refinarias da Petrobras?


Curiosamente no Brasil, as Forças Armadas do Exército resolvem fazer
treinamento nas Refinarias da Petrobras

O objetivo desta operação chamada (Operação Ouro negro) consiste no adestramento das tropas
de Artilharia do Exército em instalações de interesse sob sua área de responsabilidade. Major Benetti destacou que as forças armadas precisam estar sempre preparadas, e o Major Mattos Junior explicou que o treinamento é voltado para a segurança das instalações nas Refinarias da Petrobras e também disse: "Utilizaremos todo o material militar necessário para o cumprimento da missão. Desde o armamento individual até carros de combate".


O que está por trás dessa "Operação Ouro Negro" na Petrobras?

O Brasil está se sentindo ameaçado em sua soberania energética?



Fatos que nos chamam a atenção:


Após a descoberta da camada Pré-Sal o Brasil está entre os seis países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, atrás somente da Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes.
Em razão da descoberta do Pré-Sal o Governo Brasileiro mudou o sistema de exploração, as exploradora estrangeiras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo "donas" do petróleo por um determinado tempo.

No Pré-Sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso ficou estabelecido que a Petrobras será a operadora exclusiva.
Isso não agradou nada as exploradoras estrangeiras.

Na ocasião a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda disse: "A Petrobras terá todo o controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderá prejudicar os fornecedores americanos".
Uma das maiores preocupações dos americanos era que isso favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.



09/06/2011
A Petrobras informou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) que descobriu indícios de petróleo e gás em águas profundas no bloco BM-PAMA3, na bacia Pará-Maranhão. Foi o primeiro registro de indícios de óleo feita pela estatal brasileira em parceria fechada em abril deste ano com a chinesa Sinopec e a segunda neste campo.

China lidera importação de petróleo do Brasi
l

Graças ao acerto entre Petrobrás e Sinopec, o ritmo de crescimento das vendas de petróleo para a China foi exponencial. Em 2004, os chineses estavam na sexta colocação entre os clientes do Brasil, atrás de países como Chile e Portugal. Em 2003, sequer apareciam nas estatísticas. O comércio com a Índia é ainda mais recente e só ganhou volume no ano passado.

Mesmo assim, o Brasil ainda é um fornecedor irrelevante para os chineses, cujas importações líquidas chegaram a 1,4 milhão de barris por dia em setembro. Os Estados Unidos são o maior comprador de petróleo do mundo, mas os chineses já são o maior consumidor de energia. Com as vendas de carros batendo recorde, a sede do gigante asiático por gasolina é cada vez maior.

Segundo estimativas da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), o consumo chinês de petróleo deve crescer 5,14% em 2011, muito acima da alta de 1,36% prevista para a demanda global.


Outro fato que chama a atenção:

Em 2009 houve pressão do Governo Americano sobre parceria entre Brasil e Ucrânia para
reconstrução da Base de Alcântara.
O governo dos Estados Unidos não quería que o Brasil tivesse um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionaram parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.


Energia nuclear - Parceria Brasil/Ucrânia

26/09/2011Em visita ao Ministério da Defesa brasileiro, o ministro da Defesa da Ucrânia, Mykhailo Bronislavovych Yezhel, disse hoje que a Ucrânia integralizará sua parte da sociedade na Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa binacional criada para comercializar serviços comerciais de foguetes e satélite a partir do Maranhão. “Já temos os recursos, da ordem de US$ 250 milhões, que serão investidos a partir de outubro próximo. Também estamos abertos a transferir tecnologia para um novo lançador de satélites, o Cyclone 5, que será produzido em
conjunto com o Brasil”, garantiu.
O ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, afirmou que a ACS é um projeto estratégico para o Brasil. “A maior parte do programa está sob controle da Agência Espacial Brasileira, o Ministério da Defesa tem apenas uma pequena participação, mas o aporte prometido é uma excelente notícia, que abre boas perspectivas de cooperação tecnológica entre os dois países”, comemorou.
Mykhailo Bronislavovych Yezhel chegou ao prédio do Ministério da Defesa brasileiro às 11h30. O
ministro Celso Amorim recebeu-o na entrada. Em seguida, no Salão Nobre, apresentou-o ao chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general-de-exército José Carlos De Nardi, e aos comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, e do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri.
A comitiva ucraniana incluiu representantes das maiores empresas de defesa do país, como a
Antonov, fabricante de aviões de carga, e da Agência Ucraniana de Estaleiros, holding que controla a indústria naval, responsável pela construção de todos os porta-aviões e metade da esquadra de superfície da ex-União Soviética.
Durante a reunião bilateral, o ministro ucraniano propôs a fabricação de naviospatrulha de 500 toneladas e destacou o interesse de seu país em participar da
concorrência para a construção, no Brasil, de cinco navios escolta de 6.200 toneladas e de cinco navios-patrulha de 1.800 toneladas. Também levantou possibilidades de cooperação no desenvolvimento de mísseis terra-terra de 300 quilômetros de alcance e de mísseis antiaéreos.
Yezhel fez amplo relato das potencialidades da indústria militar ucraniana na área de blindados e no campo aeronáutico.
Ressaltou as qualidades do cargueiro Antonov An-70, capaz de carregar 38 toneladas e pousar em pistas não-preparadas e curtas, e do avião de patrulha Antonov An-168, com autonomia de 12 horas.
Depois de elogiar as oportunidades oferecidas pelo Cyclone 5, o ministro Amorim lembrou que o
Brasil já investe em um avião cargueiro de projeto nacional, o KC-390, da Embraer; na produção
de blindados sobre rodas, o Guarani, e de um navio-patrulha de 500 toneladas. Ao mesmo tempo, mostrou interesse no avião-patrulha e na possibilidade de cooperação com a Ucrânia para
desenvolver um projeto de navio-aeródromo.
“Nosso maior interesse é obter tecnologia para desenvolver a indústria nacional e já
desenvolvemos inúmeros projetos”, disse o ministro brasileiro. “Podemos verificar, com o Estado
Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e os comandos das Forças, onde existe
complementaridade para que possamos desenvolver programas de cooperação.”

Acordos


Brasil e Ucrânia assinaram dois acordos-quadro, de cooperação tecnológico-militar e de segurança de informações, em outubro de 2010, ainda não ratificados pelo Congresso Nacional. Estão previstas várias áreas de atuação conjunta na área de preparação de pessoal e nos campos
aeronáutico, espacial, de equipamentos terrestres e naval. Segundo Yezhel, o Ministério da Defesa do seu país já implantou os grupos de trabalho para estudar possíveis nichos de cooperação.



Dois fatos que possívelmente o Brasil terá que se preocupar com a defesa da Nação Brasileira, pois, são fatos que não agradaram em nada ao "Democrático" Império (falido) Americano.




Fontes: defesa.gov.br, r7.com, imagens retiradas do google

domingo, 25 de setembro de 2011

OS VAMPIROS DO BRASIL



(Reproduzo na íntegra este excelente texto para que chegue ao conhecimento da maioria dos brasileiros)


OS VAMPIROS, AS REMESSAS DE LUCRO E A TRAGÉDIA DA DESNACIONALIZAÇÃO
Por Mauro Santayana, em seu blog

“A informação de que as remessas de lucros e dividendos por parte de multinacionais –especialmente do setor financeiro e de telecomunicações– atingiram mais de 34 bilhões de dólares nos últimos 12 meses dá uma idéia da sangria com a qual estamos alimentando –com a nossa força de trabalho e de consumo– nossas ex-metrópoles coloniais, cada vez mais parecidas com um bando decrépito de vampiros lutando para não voltar ao pó.

Essa soma, de 34 bilhões de dólares, representa mais de 60% do total do déficit em conta corrente, que deve passar de 50 bilhões de dólares neste ano, apesar do aumento –que mais uma vez colocou em xeque as agourentas “previsões” dos “agentes” do “mercado”– de mais de 70% no superávit comercial deste ano.

Um caudaloso amazonas de dinheiro, que está indo para o exterior, todos os anos, em troca de absolutamente nada.

De lá, como nos tempos das caravelas, as naus só tem trazido duas coisas:

Espelhinhos, em forma de ‘press-releases’, que depois são publicados aqui pelos mesmos enganadores que continuam defendendo, na mídia, que fizemos um excelente negócio entregando para os estrangeiros nossas empresas estratégicas e nosso mercado interno nos anos 90.
parte dos culpados alinhados para fotografia

E centenas de “técnicos” e “executivos”, que estão invadindo, todas as semanas, nosso mercado de trabalho –ao ritmo de mais de 50 mil licenças expedidas pelas autoridades nos últimos meses– vindos de países em crise que, como é o caso da Espanha, estão com uma taxa de desemprego de mais de 20%.

Isso quer dizer que, enquanto o Brasil luta, desesperadamente, para desvalorizar o real e aumentar as exportações, minadas por um dólar artificialmente baixo, nosso dinheiro vai para o ralo, para salvar da quebra empresas incompetentes de países idem, que só conseguiram aportar aqui nos anos 90, graças a dinheiro subsidiado da União Européia e a financiamentos –pasmem– do próprio BNDES.

Para citar apenas um caso –de uma empresa não necessariamente europeia, mas de um país que está hoje com uma dívida de mais de 4 trilhões de dólares, por estar sustentando duas guerras perdidas– a “American Southern Energy” [AES] comprou a Eletropaulo, que tinha centenas de milhões de reais em caixa, com financiamento a juros subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Não satisfeita de botar a mão nesse dinheiro, e de não investir o que devia na expansão da infraestrutura da empresa, a AES atrasou várias prestações durante o Governo Fernando Henrique Cardoso, a ponto de o Governo Lula ter sido obrigado a entrar na justiça em Nova Iorque para recuperar ao menos parte do prejuízo, conseguindo fazer isso com a constituição da Brasiliana, holding que reúne os ativos desse grupo no Brasil, e da qual o BNDES teve de ficar sócio.

E o que ganhamos com o maior processo de esquartejamento, desmonte e desnacionalização da economia brasileira em 500 anos de história, feito a toque de caixa e vendido como a grande panacéia para a situação do país naquele momento?
[o então Ministro do Planejamento José Serra comemora com a diretora do BNDES a “privatização” (!?!) da Light para estatal francesa]


A dívida líquida praticamente dobrou em oito anos. O dólar estava a quase quatro reais em 2002. No mesmo ano, o salário mínimo valia cerca de 80 dólares. Um saco de arroz chegava a custar 12 reais no supermercado da esquina. A SELIC estava em quase 25% ao ano. Devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI. Nossas reservas internacionais líquidas eram de menos de 20 bilhões de dólares. E isso sem contar a dívida externa do setor privado e o que devíamos ao Clube de Paris.

Para completar o descalabro, pagamos, hoje, graças a essas competentes privatizações, as mais altas tarifas do mundo em telefonia celular e internet, segundo pesquisa feita em 187 países pela União Internacional de Telecomunicações.

Agora, cada vez que um brasileiro que cai no conto das multinacionais compra um chip da Vivo, da OI, da TIM ou da Claro, paga uma conta de luz –dependendo da distribuidora– ou faz uma operação bancária com o Santander, estamos mandando esse dinheiro para uma viagem sem volta, com passagem só de ida, para países que, na época, não tinham nenhuma empresa que pudesse se comparar à Telebras, e que, como desenvolvedores de tecnologia de telefonia celular, eram excelentes produtores de bacalhau e azeitonas.

Povos que ostentam uma renda per capita 3 ou 4 vezes maior do que a nossa –o que muitos brasileiros acham uma grande vantagem– mas que tem uma dívida per capita 4 ou 5 vezes superior à sua renda.

Controlados por governos tão competentes e avançados na administração de sua economia que estão agora, com a discutível exceção do México, literalmente quebrados, e dependendo, para continuar em pé, do nosso dinheiro e dos nossos mercados.

E agora, o que fazer para sair dessa armadilha?

Como desmontar mais essa bomba-relógio financeira –a outra é a dos juros– que montaram para nós, alegre e despreocupadamente, nos últimos anos do século passado?

Fazer uma campanha na internet para que os brasileiros consumam com um mínimo de consciência e boicotem produtos e serviços das empresas multinacionais que estão sangrando o país ?

Exigir que parte dessa fabulosa quantia fique no Brasil, onde poderia, não fosse a criminosa irresponsabilidade de quem vendeu a nação a preço de banana, estar gerando renda e emprego para milhões de brasileiros?

Por muito menos, quando se falou em taxar a remessa de lucros das multinacionais, os Estados Unidos promoveram e financiaram o Golpe Militar de 1964.

Criar grandes estatais brasileiras para conquistar ao menos uma parcela desse mercado e segurar parte desse dinheiro dentro do Brasil?

Isso seria um deus nos acuda! Basta ver a reação hidrófoba com que foi brindado o governo quando se falou em colocar a Telebras para trabalhar direto com o público na prestação de serviços de banda larga.

Emprestar dinheiro do BNDES para as empresas de capital nacional, para diminuir o tamanho da sangria?

Isso também não pode, como se viu no caso da OI. Atrapalha a “livre” concorrência. Para os “agentes” do “mercado”, o normal é o BNDES fazer o contrário: emprestar dinheiro para grupos estrangeiros comprarem nossas empresas dentro do Brasil.

O Governo, como sempre acontece, vai ser acusado de estar reestatizando a economia e interferindo no mercado, como se, no mundo em que a China está prestes a dominar, as maiores empresas não fossem estatais, e cada país não defendesse, descaradamente, os interesses de seus grupos e marcas em seus mercados internos ou no exterior.

Como a questão é urgente –a Nação não agüenta um rombo maior do que esse no balanço de conta corrente no ano que vem– sugiro o caminho mais curto e mais contundente.

Se não for possível aplicar várias dessas saídas ao mesmo tempo, aproveitar a baixa das bolsas para a compra direta de participação nessas empresas, dentro ou fora do Brasil, usando recursos do fundo soberano ou das reservas internacionais, para recuperar ao menos uma parcela dos gigantescos recursos que estão nos seqüestrando, à base de quase 100 milhões de dólares a cada dia.

Não podemos continuar tirando dinheiro do bolso de milhões de brasileiros para sustentar, em Madrid ou Barcelona, a boa vida dos acionistas da Vivo ou as estripulias e as fraudes do Sr. Emilio Botin.”



FONTE:
escrito pelo jornalista Mauro Santayana em seu blog e transcrito no blog “Escrivinhador” (http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/os-vampiros-as-remessas-de-lucro-e-a-tragedia-da-desnacionalizacao.html) [título, imagens do Google e entre colchetes adicionados pelo blog ‘democracia&política’].

Discurso ou Debate na Assembléia Geral da ONU?


Humanos, pensem comigo.

Todos os anos temos uma Assembléia Geral da ONU com os representantes de vários países, e nunca vemos resultados significativos para o mundo.


Em vez de Discursos não sería melhor haver na ONU debates entre os governantes, apresentado ao vivo para o mundo todo?


Onde os governantes pudessem fazer perguntas e obterem respostas? E o mundo todo pudesse ver com clareza quem diz a verdade e quem se esconde atrás de mentiras?


Houve inúmeros questionamentos na Assembléia Geral da ONU, mas não houve nenhuma resposta.

Isso é certo? Isso é democrático para a população mundial?


Pensem nisso!!!

(Burgos Cãogrino)

Discurso de Obama na ONU é um Monumento ao Cinismo


O presidente Hugo Chávez catalogou o discurso como um monumento cínico do presidente
dos EUA Barack Obama na quarta-feira antes da Assembléia Geral da ONU em Nova York.

Então, disse o líder venezuelano em sua chegada na Venezuela, vindo de Cuba, onde concluiu

com êxito o tratamento com quimioterapia seguido nas últimas semanas.
Foi "um monumento ao cinismo, o discurso de Obama", disse o líder bolivariano, destacando
que a conversa contraditória de paz, o líder do poder mundial que promove mais ataques e
intervenções militares contra outras nações.
"Seu próprio rosto deu-lhe longe, seu rosto era um poema. Pedindo paz, Obama: com que
moralidade? ".

Em suas reflexões sobre o presidente Chávez em contraste a posição do dirigente dos EUA com

outros líderes do hemisfério.
Ele mencionou "discursos precisos, como a presidente Dilma Rousseff (Brasil), discursos de alto
valor ético que o presidente (da Bolívia) Evo Morales", e os conselheiros discursos, como o
presidente paraguaio Fernando Lugo.

"As pessoas, pessoas honestas, pessoas de boa vontade neste mundo tem de se levantar, você

tem que levantar a voz para parar a loucura do imperialismo, o fogo que ameaça o planeta",
disse ele.

Hugo Chávez foi enfático ao afirmar que "nós não somos inimigos do povo americano, nós

somos irmãos do povo e que as pessoas têm um papel importante a desempenhar na salvação
do mundo."

Ele disse que a consciência do povo americano precisa acordar, e reafirmou sua vontade de

lutar por um mundo de paz.

"A loucura imperialista deve ser interrompido, deve parar, deve ser neutralizado e Venezuela

pode muito bem desempenhar um papel, juntamente com os países do Bolivariana e do
Caribe, Oriente Médio, Ásia, Europa e movimentos sociais", disse ele.

Ele reiterou o apelo para a cimeira da cúpula, a ser realizada nos dias 2 e 3 de dezembro, em

Caracas, e recordou que em breve também espera realizar a reunião presidencial da Alba e da
Petrocaribe.

Obama e Ahmadinejad - Quem é o verdadeiro Ditador?



Quem questiona sobre a guerra?













Ou quem bombardeia e mata milhões em nome da "Democracia"?






Comparem os discursos de Obama e Ahmadinejad e reflitam sobre isso.



Discurso na 65ª sessão da assembleia-geral da ONU

por Mahmoud Ahmadinejad

Senhor Presidente (etc.),

Agradeço a Alá, o Magnífico, o Generoso, que me deu, mais uma vez, a oportunidade de falar a essa assembleia mundial. Tenho o prazer de manifestar meu agradecimento sincero a Sua Excelência Joseph Deiss, presidente da 65ª sessão, por seus imensos esforços durante seu mandato. Congratulo-me também com Sua Excelência Nassir Abdulaziz Al-Nasser, pela eleição para presidir essa 65ª sessão das Nações Unidas e desejo-lhe pleno sucesso.

Permitam que aproveite a oportunidade para homenagear todos os mortos do ano que passou, sobretudo as vítimas da trágica fome que atinge a Somália e das devastadoras inundações que agrediram o Paquistão. Conclamo todos a que ampliem as ações de ajuda e assistência às populações afetadas naqueles países.

Ao longo de vários anos, falei aqui sobre várias questões globais e sobre a necessidade de se introduzirem mudanças fundamentais na atual ordem mundial.

Hoje, considerando os eventos internacionais, tentarei analisar a atual situação, de um ângulo diferente.

Como todos sabem, o domínio e a superioridade dos seres humanos sobre outras criaturas dependem da própria natureza e verdade da humanidade, que são dons de Deus e manifestação da corporificação do espírito divino:

– A fé em Deus, que é criador eterno de todo o universo.

– A compaixão, o amor aos outros, a generosidade, a busca de justiça e integridade de palavras e ações.

– A busca por dignidade para alcançar os cumes da perfeição, a aspiração de cada um a elevar a própria vida, material e espiritualmente, e o anseio por realizar a liberdade.

– A oposição à opressão, à corrupção e a discriminação, e o emprenho para apoiar os oprimidos.

– A busca por felicidade, por prosperidade e segurança duradouras, para todos.

Eis algumas das manifestações dos atributos comuns, divinos e humanos, que se deixam ver claramente nas aspirações históricas dos seres humanos, refletidas na herança que recebemos da mesma busca, pela arte, pela literatura, em prosa e em verso, e pelos movimentos socioculturais e políticos que traçam a trajetória humana ao longo da história.

Todos os profetas divinos e todos os reformadores sociais convidaram os seres humanos a trilhar esse caminho bom e reto. Deus deu dignidade à humanidade para elevá-la à altura Dele, para que, assim elevada, a humanidade possa assumir o papel de Seu sucessor, na Terra.

Caros colegas e amigos:

É vivamente claro que, apesar de todas as realizações históricas, inclusive a criação da ONU – que foi produto de incansáveis lutas e esforços de homens de pensamento livre e amantes da justiça, que nunca desistiram de buscá-la, e da cooperação internacional –, as sociedades humanas ainda estão longe de ter alcançado todos os seus nobres desejos e aspirações. Muitas nações em todo o mundo sofrem hoje, sob as atuais circunstâncias internacionais.

E – apesar do desejo e do ímpeto para promover a paz e a fraternidade –, as guerras, os assassinatos em massa, a miséria que se alastra, crises socioeconômicas e políticas continuam a agredir o direito e a soberania das nações, deixando atrás de si danos irreparáveis, em todo o mundo.

Aproximadamente três mil milhões de seres humanos em todo o mundo vivem com menos de 2,5 dólares por dia; e mais de mil milhões de seres humanos não comem sequer uma refeição suficiente, e regularmente, por dia. Quarenta por cento das populações mais pobres do mundo partilham apenas 5% do rendimento global. E 20% dos mais ricos do mundo dividem entre si 75% do rendimento global total. Mais de 20 mil crianças inocentes e pobres morrem diariamente no mundo, devido à pobreza. Oitenta por cento dos recursos financeiros dos EUA são controlados por 10% da população dos EUA; 90% da população tem de sobreviver com apenas 20% desses recursos.

Quais as causas e as razões que subjazem por trás dessas desigualdades? Como se pode remediar tal injustiça?

Os que dominam e comandam os centros do poder econômico global culpam ou o desejo do povo por religião e a busca por trilhar o caminho dos divinos profetas, ou a fraqueza das nações, ou o mau desempenho de grupos de indivíduos. Afirmam que só o que aqueles mesmos centros do poder econômico global pensem, decidam e prescrevam poderia salvar a humanidade e a economia mundial.

Caros colegas e amigos

Não lhes parece que as causas-raizes desses problemas devam ser procuradas na ordem que hoje domina o mundo, ou no modo como o mundo é governado? Gostaria de chamar a gentil e atenta atenção de todos para as seguintes questões: Quem arrancou à força dezenas de milhões de pessoas de seus lares na África e em outras regiões do mundo, durante o sombrio período da escravidão, fazendo daquelas pessoas vítimas da mais cega ganância materialista? Quem impôs o colonialismo por mais de quatro séculos, a todo aquele mundo? Quem ocupou terras e massivamente assaltou recursos naturais que eram patrimônio de outros povos, quem destruiu talentos e empurrou para a destruição os idiomas, as culturas e as identidades de tantos povos? Quem deflagrou a primeira e a segunda guerras mundiais, que fizeram 70 milhões de mortos e centenas de milhões de feridos, de mutilados e de sem-tetos? Quem criou a guerra na península da Coreia e no Vietnã? Quem, servindo-se de hipocrisia e ardis, impôs os sionistas, durante 60 anos de guerras, destruição, terror, assassinatos em massa, na região do mundo onde ainda estão? Quem impôs e apoiou durante décadas ditaduras militares e regimes totalitários em países da Ásia, da África e da América Latina? Quem atacou com armas atômicas populações indefesas e desarmadas e guarda milhares de ogivas nucleares em seus arsenais? Quais são as economias que dependem, para crescer, de criar guerras e vender armas? Quem provocou e estimulou Saddam Hussein a invadir e impor um guerra de oito anos contra o Irã? Quem o assessorou e o equipou para que atacasse nossas cidades e nosso povo com armas químicas?

Quem usou os misteriosos incidentes de 11 de setembro como pretexto para atacar o Afeganistão e o Iraque – matando, ferindo, deslocando milhões de seres humanos de seus locais tradicionais de vida nos dois países –, exclusivamente para alcançar a ambição de controlar o Oriente Médio e seus recursos de petróleo?

Quem aboliu o sistema de Breton Woods e imprimiu milhões de milhões (trillions) de dólares sem qualquer lastro em ouro ou em moeda equivalente? Esse movimento desencadeou feroz inflação em todo o mundo, que serviu para facilitar a pilhagem de ganhos econômicos que outras nações tivessem.

Qual o país cujos gastos militares superam anualmente uma centena de milhar de milhões de dólares, mais que todos os orçamentos militares de todos os povos do mundo, somados?
Qual, de todos os governos do mundo, é hoje o mais endividado?

Quem domina os establishments da política econômica em todo o mundo?

Quem é responsável pela recessão econômica mundial, que hoje impõe suas pesadas consequências aos povos de EUA e Europa e de todo o planeta?
Que governos estão sempre prontos a bombardear com milhares de bombas outros países, mas sempre são lerdos e hesitantes, quando se trata de distribuir comida, para povos atormentados pela fome, como na Somália e em outros pontos?

Quem domina o Conselho de Segurança da ONU, ao qual caberia zelar pela segurança internacional?

E há outras dezenas de perguntas semelhantes e, para todas elas, as respostas são claras.

A maioria das nações e governos do mundo não têm qualquer culpa ou responsabilidade na criação das atuais crises globais e, de fato, são, elas, sim, vítimas daquelas políticas que geram crises.

É claro como a luz do dia que os mesmos senhores de escravos e potências coloniais que, antes, provocaram as duas guerras mundiais, causaram toda a miséria e a desordem que, desde então, são causa de efeitos que se vêem em todo o planeta.

Caros colegas e amigos,

Teriam, aqueles poderes arrogantes, a competência e a habilidade para comandar ou governar o mundo, ou seria aceitável que se autodesignem os únicos defensores da liberdade, da democracia, dos direitos humanos, enquanto seus exércitos atacam e ocupam outros países?

Como poderá algum dia a flor da democracia brotar dos mísseis, das bombas e dos canhões da NATO?

Senhoras e senhores,

Se alguns países europeus ainda se servem do Holocausto, depois de sessenta anos, como pretexto, para continuar a pagar resgate, pagar à chantagem dos sionistas, não será também obrigação daqueles mesmos senhores de escravos e potências coloniais pagar indenizações às nações afetadas?

Se os danos e perdas do período da escravidão e do colonialismo tivessem sido de fato indenizados, o que teria acontecido aos manipuladores e potências que se escondem nos porões da cena política nos EUA e na Europa? E haveria ainda divisão entre o norte e o sul do mundo?

Se os EUA e seus aliados da NATO cortassem pela metade seus gastos militares e usassem esses valores para ajudar a resolver os problemas econômicos em seus próprios países, estariam aqueles povos padecendo os sofrimentos da atual crise econômica mundial? Que mundo teríamos, se a mesma quantidade de recursos fosse alocada às nações mais pobres?
O que pode justificar a presença de centenas de bases militares e de inteligência dos EUA em diferentes partes do mundo – 268 bases na Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coreia do Sul, 83 na Itália, 45 no Reino Unido e 21 em Portugal? O que significa isso, senão ocupação militar?
E as bombas armazenadas nessas bases não criam risco de segurança para outras nações?

Senhoras e senhores,

A principal pergunta tem de interrogar sobre a causa que serve de base a essas atitudes. A principal razão tem de ser buscada nas crenças e tendências do establishment.

Assembleias de pessoas em contradição com valores e instintos humanos básicos, sem fé em Deus e sem atenção à via ensinada pelos divinos profetas, impõem a ganância, a sede de poder e seus objetivos materialistas, e tentam calar todos os superiores valores humanos e divinos.

Para eles, só o poder e a riqueza contam. E justificam-se todos e quaisquer atos que promovam essas metas sinistras.

Nações oprimidas sobrevivem sem qualquer esperança de verem restaurados e protegidos os seus direitos legítimos de resistir e opor-se àquelas potências.
Aquelas potências visam só ao progresso delas próprias, prosperidade e dignidade só para elas mesmas, e miséria, humilhações e aniquilação para todos os demais povos.

Consideram-se superiores às demais nações da Terra e por isso fariam jus a concessões e privilégios. Nada respeitam, não respeitam ninguém e violam, sem qualquer consideração, direitos de todas as demais nações e governos e povos do mundo.

Proclamam-se, elas mesmas, guardiãs indiscutíveis de todos os governos e nações. Para tanto, servem-se da intimidação, de ameaças e da força. E fazem mau uso, uso abusivo, de mecanismos internacionais. Quebram, burlam, simplesmente, todas as leis e regulações internacionalmente reconhecidas e respeitadas. Insistem em impor a todos o seu estilo de vida e suas crenças. Apóiam oficialmente o racismo. Enfraquecem países mediante a intervenção militar – destroem a infraestrutura que encontrem naqueles países, para mais facilmente conseguirem saquear recursos naturais, tornando cada vez mais dependentes, nações e povos que querem ser independentes e soberanos. Semeiam sementes de ódio e hostilidade entre nações e povos de diferentes crenças, para impedi-los de alcançar seus objetivos de desenvolvimento e progresso. Todas as culturas, a vida, os valores e toda a riqueza de cada nação, as mulheres, os jovens, as famílias, além da riqueza material de cada nação, são sacrificadas ante o altar daquelas ambições hegemonistas e de uma inclinação doentia para escravizar e submeter os diferentes. Hipocrisia e todos os tipos de fingimento e mentira são admitidos, se ajudam a promover os interesses imperialistas. Admitem o tráfico de drogas e a matança de inocentes, se lhes parece que, com isso, facilitam a rota para que alcancem seus objetivos diabólicos. A NATO está há muito tempo extremamente ativa no Afeganistão ocupado. E, apesar disso, houve ali aumento dramático na produção de drogas ilícitas.
Não admitem nenhuma opinião divergente, nenhum questionamento, nenhuma crítica. Mas, em lugar de tentar oferecer alguma explicação para o que fazem, põem-se, eles mesmos, na posição de vítimas. Servindo-se de uma rede imperial de imprensa e comunicações, que sempre esteve como ainda está sob a influência do pensamento colonialista, ameaçam qualquer opinião que discuta a versão oficial do Holocausto, do 11 de setembro e da violência dos exércitos invasores e ocupantes.
No ano passado, quando se impôs, em todo o mundo, a necessidade de fazer-se investigação séria sobre os segredos ocultados nos incidentes de 11/Setembro/2001 – ideia apoiada por todas as nações e governos independentes e pela maioria da população dos EUA –, meu país e eu, pessoalmente, fomos pressionados e ameaçados pelo governo dos EUA. Em lugar de nomear equipe para investigar com seriedade o que realmente acontecera, assassinaram o perpetrador e jogaram o cadáver ao mar. Não teria sido razoável levar à justiça e processar abertamente o principal perpetrador do incidente a fim de identificar os elementos por trás do espaço seguro proporcionado para os aviões introduzirem-se e atacarem as torres gêmeas do World Trade? Por que não se cogitou de usar o julgamento de um suspeito, para realmente descobrir quem mobilizou terroristas e levou a guerra e tantas outras misérias a tantas partes do mundo? Há informação secreta que tenha de permanecer secreta? Considerar o sionismo visão ou ideologia sagrada é como obrigação imposta ao mundo. Toda e qualquer discussão sobre os fundamentos e a história do sionismo são pecados imperdoáveis. Mas eles permitem e endossam todos os sacrilégios e insultam todas as demais religiões.
Liberdade real, dignidade plena, bem-estar e segurança estáveis e duradouros são direitos de todos os povos.

Nenhum desses valores é alcançável enquanto tantos dependerem do atual e ineficiente sistema de governança mundial, nem ninguém jamais os alcançará mediante intervenção militar comandada por potências arrogantes e sob fogo dos aviões mortíferos da NATO.
Aqueles valores só se podem realizar em contexto de independência reconhecida, de reconhecimento dos direitos dos diferentes, mediante cooperação harmônica.

Haverá meio para resolver os problemas e desafios que atormentam o mundo, no contexto dos mecanismos e ferramentas que dominam o quadro internacional hoje? Há meios para ajudar a humanidade a atingir sua eterna aspiração por igualdade, segurança e paz?

Todos os que tentaram introduzir reformas que preservassem as normas e tendências hoje existentes fracassaram. Os importantes esforços conduzidos pelo Movimento dos Não Alinhados e pelos Grupos 77 e 15 (G-77 e G-15), e por tantos destacados indivíduos, fracassaram também e não conseguiram introduzir mudanças fundamentais.
A administração e o governo mundiais exigem reformas nos fundamentos. O que temos de fazer agora?

Caros Colegas e amigos,

Temos de trabalhar com decisão firme e em cooperação coletiva para traçar outro plano, que considere os princípios e os valores humanos fundamentais como o monoteísmo, a justiça, a liberdade, o amor e a busca pela felicidade.

A criação da Organização das Nações Unidas ainda é dos maiores feitos históricos da humanidade. É preciso reverenciar a importância desse feito e usar o mais extensamente possível as capacidades dessa organização como ferramentas para alcançar os mais nobres projetos de toda a humanidade.

Não podemos permitir que a organização planetária que manifesta o desejo coletivo de todos e as aspirações de toda a comunidade de nações seja desviada de seu bom curso e convertida, também ela, em arma a serviço das potências mundiais armadas.

Temos de construir condições que assegurem a participação coletiva e o envolvimento de todas as nações, num esforço que leve à paz e à segurança para todos os povos do mundo. É preciso dar sentido profundo e real à governança partilhada e coletiva do mundo. Esse sentido profundo e real deve considerar e respeitar os princípios do direito internacional. A ideia de justiça deve servir de critério e base efetiva para todas as decisões e ações no plano internacional. Todos temos de reconhecer que não há outro modo para governar o mundo e pôr fim à violência, à tirania, a todas as discriminações. Não há outra via que leve a sociedade humana à prosperidade e ao bem-estar. Essa é verdade viva e reconhecida. Ao reconhecer essa verdade, deve-se reconhecer também que o que temos ainda não é suficiente. E temos de abraçar com fé o trabalho, que terá de ser incansável, para conseguir o que ainda não temos.
Caros Colegas e Amigos

Governança partilhada e coletiva do mundo é direito legítimo de todas as nações, e nós, como representantes delas, temos o dever de defender os direitos dos povos do mundo.

Embora algumas potências tentem insistentemente frustrar todos os esforços internacionais que visem promover a cooperação coletiva, temos, mesmo assim, de fortalecer nossa certeza de que alcançaremos o objetivo comum de construir cooperação coletiva e partilhada para governar o mundo.

As Nações Unidas foram criadas para tornar possível que todas as nações participassem do processo internacional de tomar decisões.

Todos sabemos que esse objetivo ainda não foi alcançado porque falta justiça nas estruturas e mecanismos hoje vigentes nas Nações Unidas.

A composição do Conselho de Segurança é injusta e desigual. Portanto, mudanças ali e a reestruturação das Nações Unidas são exigências basilares das nações, às quais a Assembleia Geral tem de dar atenção.

Na sessão inaugural da reunião do ano passado, destaquei a importância dessa questão e propus que essa década fosse declarada década da Governança Global partilhada e coletiva.

Quero hoje reiterar aquela proposta. Estou certo de que, mediante a cooperação internacional diligente, e com esforços de todos os líderes e governos do mundo, todos comprometidos com construir relações de justiça, e com o apoio das demais nações, conseguiremos construir um brilhante futuro comum.

Esse movimento trilha com certeza o caminho certo para criar o que temos de criar, para assegurar futuro promissor a toda a humanidade.

Futuro que será construído quando iniciativas da humanidade ouçam o que ensinam os divinos profetas, sob a liderança iluminada do Imã al-Mahdi, salvador da humanidade e herdeiro de todas as palavras divinas, dos líderes e da descendência de nosso grande Profeta.

A criação de uma sociedade suprema e ideal, com a chegada de um ser humano perfeito, que ama verdadeira e sinceramente todos os seres humanos, garantida promessa de Alá.

Virá com Jesus Cristo, para liderar os amantes da liberdade e da justiça que erradicarão a tirania e a discriminação e promoverão o conhecimento, a paz, a justiça, a liberdade e o amor por todo o mundo. Cada indivíduo conhecerá a beleza do mundo e as coisas boas e os atos justos trarão felicidade à humanidade.

As nações, hoje, já despertaram e, aumentando a consciência entre todos, as nações já não sucumbirão à opressão e à discriminação. O mundo testemunha hoje, mais que nunca, o amplo despertar em terras islâmicas, na Ásia, na Europa e na América. Esses são movimentos em expansão, em influência e alcance, que visam a fazer justiça, criar liberdade e construir melhor futuro para todos. O Irã, nossa grande nação, permanece pronta para dar a mão a outras nações nessa bela via de harmonia, alinhados, todos nós, com as justas aspirações de igualdade de toda a humanidade. Saudemos mais uma vez o amor, a liberdade, a justiça, o conhecimento e o futuro luminoso pelo qual a humanidade espera.


Mahmoud Ahmadinejad

Presidente do Irã.


Discurso na 65ª sessão da assembleia-geral da ONU Por Barack Obama

Por Barack Obama

Senhor Presidente, Senhor Secretário Geral, caros delegados, senhoras e senhores: gostaria de abordar um assunto que está na essência das Nações Unidas - a busca da paz num mundo

Convivemos com guerras e conflitos desde o início da civilização. Mas na primeira parte do século 20, o desenvolvimento de armamentos modernos levou a morte a uma dimensão aterradora. E esses assassinatos compeliram os fundadores deste órgão a criar uma instituição concentrada não só em acabar com as guerras, mas impedir outras; uma união de Estados soberanos que busca evitar conflitos, mas também, ao mesmo tempo, afrontar as suas causas.

Nenhum americano fez mais para alcançar este objetivo do que o presidente Franklin Roosevelt. Ele sabia que a vitória numa guerra não era suficiente. Como disse numa das primeiras reuniões com vistas à criação das Nações Unidas, "Temos que fazer não apenas uma paz, mas uma paz duradoura".

Os homens e mulheres que fundaram esta instituição compreenderam que a paz é mais do que ausência de guerra. Uma paz duradoura - para nações e indivíduos - implica um sentimento de justiça e oportunidade; de dignidade e liberdade, exige luta e sacrifício; um compromisso e um sentido de humanidade.

Uma delegada na conferência de San Francisco que criou as Nações Unidas definiu isso muito bem : "Muitas pessoas", disse ela, "falaram como se todos nós, para conseguirmos a paz, tivéssemos que dizer em voz alta e frequentemente que amamos a paz e odiamos a guerra. Agora sabemos que não importa o quanto amamos a paz e odiamos a guerra, o fato é que não podemos evitar o irrompimento de uma guerra se existem convulsões em outras partes do mundo".

O fato é que a paz é difícil, mas nossos povos a exigem. Durante quase sete décadas, mesmo que as Nações Unidas tenham contribuído para impedir uma terceira Guerra Mundial, ainda vivemos num mundo marcado por conflitos e assolado pela pobreza. Embora proclamemos nosso amor pela paz e o ódio da guerra, existem convulsões em nosso mundo que nos colocam em perigo.

Assumi o governo numa época em que os Estados Unidos estavam envolvidos em duas guerras. E extremistas radicais que nos empurraram para essas guerra, - Osama bin Laden e sua organização, a Al-Qaeda - continuavam foragidos. Hoje, estabelecemos uma nova direção.

No final deste ano, as operações militares americanas no Iraque serão encerradas. Teremos uma relação normal com uma nação soberana e membro da comunidade das nações. Essa parceria de igual para igual será reforçada com o nosso apoio ao Iraque - para o seu governo e forças de segurança; para a população e suas aspirações.

À medida que encerramos a guerra no Iraque, os Estados Unidos e seus parceiros de coalizão iniciam uma transição no Afeganistão. Até 2014, um governo afegão e as suas forças de seguranças cada vez mais capacitadas assumirão a responsabilidade pelo futuro do país. E à medida que isso ocorrer, reduziremos nossas próprias forças no país, criando ao mesmo tempo uma parceria duradoura com a população afegã.

Portanto, que não haja dúvidas: a tendência à guerra está retrocedendo. Quando assumi o governo, cerca de 180.000 americanos serviam no Iraque e no Afeganistão. No fim deste ano, esse número estará reduzido à metade e continuará a diminuir. Isto é crucial para a soberania do Iraque e do Afeganistão e para o fortalecimento dos Estados Unidos à medida que, internamente, construímos nossa nação.

Além disso, estamos dispostos a por fim a essas guerras numa posição de força. Há dez anos, havia uma ferida aberta por aço retorcido e corações partidos nesta cidade. Hoje, uma nova torre que se eleva no Marco Zero simboliza a renovação de Nova York; a Al-Qaeda está mais pressionada do que nunca. Sua liderança tem se degradado. E Osama bin Laden, o homem que assassinou milhares de pessoas de dezenas de países, nunca mais colocará em risco a paz do mundo novamente.

Sim, foi uma década difícil. Mas hoje chegamos a uma encruzilhada da história com a chance de caminharmos decisivamente na direção da paz. Para isso, precisamos reincorporar a sabedoria daqueles que criaram esta instituição. A Carta das Nações nos exorta a "unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais". E o Artigo Primeiro da Declaração Universal de Direitos Humanos desta Assembleia Geral nos lembra que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos". Essa crença fundamental - na responsabilidade dos Estados e nos direitos de homens e mulheres - tem que ser nosso guia.

Neste sentido, temos razões para ter esperança. Este foi um ano de transformação. Mais nações adotaram medidas para manter a paz e a segurança internacionais. E mais indivíduos estão reivindicando seu direito universal de viver em liberdade e com dignidade.

Há um ano, quando nos reunimos aqui em Nova York, a perspectiva de um referendo, levado a termo com êxito no Sul do Sudão, ainda era duvidosa. Mas a comunidade internacional superou antigas divisões para apoiar o acordo que foi negociado para a autodeterminação do Sul do Sudão. E no verão do ano passado, quando uma nova bandeira foi içada em Juba, antigos soldados depuseram suas armas; homens e mulheres choraram de alegria; e as crianças finalmente tiveram a perspectiva de um futuro que elas forjarão.

Um ano atrás, a população da Costa do Marfim se aproximava de uma eleição histórica. Quanto o presidente então titular foi vencido e recusou-se a aceitar o resultado das urnas, o mundo não fez vista grossa. Forças de manutenção da paz foram perseguidas, mas não deixaram seu posto. O Conselho de Segurança, liderado pelos Estados Unidos, Nigéria e França, apoiou a vontade de povo. E a Costa do Marfim hoje é dirigida pelo homem que foi eleito para governar.

Há um ano, as esperanças dos cidadãos da Tunísia foram suprimidas. Mas ela preferiu a dignidade dos protestos pacíficos em vez de um governo de mão de ferro. Um vendedor de frutas ateou fogo no seu próprio corpo, tirando sua própria vida, mas inflamando um movimento. Em face de uma forte repressão, os estudantes soletraram a palavra liberdade. A balança do medo se inclinou do lado do governante para o dos governados. Hoje a população da Tunísia se prepara para eleições, mais um passo na direção da democracia que ela merece.

Há um ano o Egito tinha um presidente que governava há quase 30 anos. Mas, durante 18 dias, os olhos do mundo se voltaram para a Praça Tahrir, onde egípcios de todas as camadas sociais - homens e mulheres, jovens e idosos, muçulmanos e cristãos - exigiram seus direitos universais. Vimos naqueles manifestantes a força moral da não violência que incendiou o mundo de Nova Délhi a Varsóvia; de Sela à África do Sul - e sabíamos que a mudança chegara ao Egito e o mundo árabe.

Há um ano, o povo líbio era governado por um dos ditadores há mais tempo no poder. Mas, enfrentando balas e bombas e um ditador que ameaçou persegui-los como ratos, os líbios mostraram uma coragem implacável. Nunca esqueceremos as palavras do líbio que se levantou nos primeiros dias da revolução e disse: "Nossas palavras são livres agora. É um sentimento que não se pode explicar".

Dia após dia, enfrentando balas e bombas, os cidadãos líbios se recusaram a renunciar a esta liberdade. E quando foram ameaçados pelo tipo de atrocidade em massa que prevaleceu, inconteste, no século passado, as Nações Unidas agiram nos termos da sua carta de constituição. O Conselho de Segurança autorizou a adoção de todas as medidas necessárias para impedir um massacre. A Liga Árabe apelou aos países árabes, que se uniram numa coalizão liderada pela OTAN que conteve o avanço das forças de Kadafi.

Nos meses seguintes, a disposição da coalizão se manteve inquebrantável, e a determinação da população líbia não pode ser negada. Foram 42 anos de tirania que acabaram em seis meses. De Tripoli a Misratah e Benghazi, hoje a Líbia está livre.

Ontem, os líderes de uma nova Líbia assumiram seu lugar legítimo ao nosso lado e esta semana os Estados Unidos estão reabrindo sua embaixada em Tripoli. É desta maneira que a comunidade internacional deve trabalhar - nações se unindo em prol da paz e da segurança; indivíduos reivindicando seus direitos. Hoje, todos nós temos a responsabilidade de apoiar o novo governo líbio num momento em que enfrenta o desafio de transformar este momento promissor numa paz justa e duradoura para todos os líbios.

De maneira que foi um ano notável. O regime de Kadafi acabou. Ben Ali e Mubarak não estão mais no poder. Osama bin Laden desapareceu e a noção de que as mudanças só podem se realizar por meio da violência foi enterrada com ele. Algo está sucedendo no nosso mundo. As coisas não serão mais como foram. O domínio humilhante da corrupção e da tirania está sendo eliminado à força. A tecnologia está colocando poder nas mãos das pessoas. Os jovens estão contestando a ditadura e rejeitando a mentira de que algumas raças, religiões e etnias não desejam a democracia. A promessa escrita de que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos" está cada vez mais ao alcance das mãos.

Mas é bom lembrar: a paz é difícil. O progresso pode ser revertido. A prosperidade pode vir lentamente. As sociedades podem sofrer divisões. Nosso sucesso só pode ser avaliado em relação aos cidadãos, se estão conseguindo viver em liberdade, dignidade e segurança e de uma maneira sustentada. E as Nações Unidas e os seus Estados membros necessitam fazer a sua parte para apoiar essas aspirações fundamentais.

No Irã, temos visto um governo que não quer reconhecer os direitos dos seus próprios cidadãos. E enquanto, hoje, aqui estamos reunidos, homens, mulheres e crianças estão sendo torturados, presos e assassinados pelo regime sírio. Milhares foram mortos, muitos durante o período sagrado do Ramadã. Outros milhares fugiram através das fronteiras sírias. A população da Síria tem demonstrado dignidade e coragem na sua busca por justiça - protestando pacificamente, manifestando silenciosamente nas ruas, morrendo pelos mesmos valores que esta instituição representa. A questão para nós é clara: estamos com o povo sírio ou com seus opressores?

As Nações Unidas já estabeleceram sanções severas contra os líderes sírios. Apoiamos uma transferência de poder que leve em conta os desejos e necessidades da população síria. Muitos dos nossos aliados se juntaram a nós nesta iniciativa. Mas para o bem da Síria - e da paz e da segurança do mundo - precisamos falar a uma só voz. Não há desculpa para a inação. Este é o momento do Conselho de Segurança das Nações Unidas punir o regime sírio e se colocar ao lado dos cidadãos do país.

Por toda a região, teremos que responder aos apelos por mudanças. No Iêmen, milhares de homens, mulheres e crianças reúnem-se em cidades e praças diariamente, na esperança de que a sua determinação e o sangue derramado vença um sistema corrupto. Os EUA apoiam suas aspirações. Precisamos trabalhar com os países vizinhos do Iêmen e os nossos parceiros em todo o mundo para encontrar um caminho que permita uma transição pacífica do poder do presidente Saleh, e um movimento para a realização de eleições justas e livres o mais breve possível.

No Bahrein, medidas vêm sendo adotadas com vistas a reformas e a prestação de contas, mas é preciso muito mais. Os Estados Unidos são um país amigo do Bahrein e continuaremos a apelar ao governo e ao principal bloco de oposição - o Wifaq - para prosseguirem com um diálogo positivo que propicie uma mudança pacífica que atenda aos interesses da população. E acreditamos que o patriotismo que une os cidadãos do Bahrein deve ser mais poderoso do que as forças sectárias que podem dividi-los.

Cada nação precisa estabelecer a sua própria trajetória para atender as aspirações dos seus cidadãos, e os Estados Unidos não querem entrar em acordo com cada partido ou pessoa que se expresse politicamente. Mas sempre defenderemos os direitos universais estabelecidos por esta Assembleia: eleições livres e justas; uma governança que seja transparente e preste contas aos seus cidadãos; o respeito pelos direitos das mulheres e minorias; e uma justiça equânime e imparcial. É isto que os nossos povos merecem. Estes são elementos de uma paz duradoura.

Além disso, os Estados Unidos continuarão a defender todas aquelas nações que fizerem sua transição para a democracia - com mais investimentos e atividades comerciais, de modo que a liberdade seja acompanhada de oportunidades. Vamos nos engajar de maneira mais profunda com os governos, mas também em com a sociedade civil - estudantes e empresários, partidos políticos e imprensa. Proibimos aqueles que abusam dos direitos humanos de ingressar no nosso país e adotamos sanções contra os que menosprezam os direitos humanos em outras partes do mundo. E sempre seremos uma voz para aqueles que foram silenciados.

Ora, sei que para muitas pessoas aqui presentes, existe uma questão que constitui um teste para estes princípios - e para a política externa americana: o conflito entre israelenses e palestinos.

Um ano atrás, discursei deste pódio e pedi a criação de uma Palestina independente. Naquela época, eu acreditava - e acredito hoje - que o povo palestino merece um Estado próprio. Mas eu também disse que a verdadeira paz só pode ser posta em prática pelos próprios israelenses e palestinos. Um ano depois, apesar dos enormes esforços dos Estados Unidos e de outros países, as duas partes não dirimiram suas divergências. Diante deste impasse, em maio, apresentei uma nova base para as negociações. Esta base é clara, e bastante conhecida por todos os que estão aqui. Os israelenses devem saber que todo acordo oferece garantias para a sua segurança. Os palestinos merecem conhecer a base territorial do seu Estado.

Sei que muitos estão frustrados pela falta de progresso. Eu também. Mas a questão não é o objetivo que procuramos alcançar - a questão é como alcançá-lo. E estou convencido de que não existe um atalho para pôr fim a um conflito que dura dezenas de anos. A paz não nascerá de declarações e resoluções da ONU - se fosse tão fácil, a esta altura já teria sido alcançada. Em última análise, são os israelenses e os palestinos que devem conviver lado a lado. Em última análise, são os israelenses e os palestinos - e não nós - que devem chegar a um acordo a respeito dos problemas que os dividem: sobre fronteiras e segurança; sobre os refugiados e Jerusalém.

A paz exige compromissos entre as pessoas que devem conviver muito depois que nossos discursos terminarem, e depois que estiver concluída a contagem dos nossos votos. Esta é a lição que aprendemos da Irlanda do Norte, onde antigos antagonistas dirimiram suas divergências. Esta é a lição que aprendemos do Sudão, onde um acordo negociado permitiu criar um Estado independente. E este é o caminho para um Estado palestino.

Buscamos um futuro em que os palestinos possam viver em um Estado soberano próprio, sem sofrerem restrições para o que decidirem realizar. É inquestionável que os palestinos viram esta possibilidade ser adiada por um tempo excessivamente longo. E é exatamente por acreditarmos tão firmemente nas aspirações do povo palestino que os Estados Unidos investiram tanto tempo e esforços na criação de um Estado palestino, e nas negociações que permitirão realizá-lo na prática.

O compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel é inabalável, e nossa amizade com Israel é profunda e duradoura. Portanto acreditamos que toda paz destinada a perdurar deve reconhecer as preocupações com a segurança real com as quais Israel se defronta a cada dia. Sejamos honestos: Israel está cercado por vizinhos que frequentemente travaram guerras contra ele. Cidadãos de Israel foram mortos por foguetes disparados contra suas casas e por bombas de terroristas suicidas em seus ônibus. As crianças de Israel crescem sabendo que em toda a região, outras crianças são ensinadas a odiá-las. Israel, um pequeno país de menos de oito milhões de habitantes, olha para um mundo onde os líderes de nações muito maiores ameaçam varrê-lo do mapa. O povo judeu carrega o ônus de séculos de exílios, perseguições e a lembrança recente do genocídio de seis milhões de pessoas mortas simplesmente por sua origem.

Não podemos negar estes fatos. O povo judeu criou um Estado bem-sucedido em sua pátria histórica. Israel merece este reconhecimento. Merece relações normais com seus vizinhos. E os amigos dos palestinos não lhes fazem nenhum favor a estes por ignorarem esta verdade, assim como os amigos de Israel devem reconhecer a necessidade de buscar uma solução que contemple dois Estados com Israel com a garantia de sua segurança ao lado de uma Palestina independente.

É esta verdade - a de que cada lado tem aspirações legítimas - que torna a paz tão difícil. E o impasse só poderá ser rompido quando cada um deles aprender a se colocar no lugar do outro. É esta atitude que deve ser incentivada. Este corpo - fundado, como foi, das cinzas da guerra e do genocídio; dedicado, como de fato é, à dignidade de cada pessoa - deve reconhecer a realidade vivida tanto por palestinos quanto por israelenses. Nossas ações devem sempre levar em conta a defesa do direito das crianças israelenses e palestinas de viverem em paz e segurança, com dignidade e oportunidade. Nós só teremos sucesso nesta empreitada se pudermos encorajar cada uma das partes a se sentar à mesa de negociações, a ouvir o que a outra tem a dizer, e a compreender as esperanças e os temores da outra parte. É este o projeto em que os Estados Unidos estão empenhados. E é nele que as Nações Unidas deveriam se concentrar nas próximas semanas e meses.

Agora, enquanto nos defrontamos com os desafios do conflito e da revolução, também devemos reconhecer mais uma vez que a paz não é apenas a ausência de guerra. A verdadeira paz implica a criação de oportunidades que façam com que valha a pena viver. E para tanto, devemos enfrentar os inimigos comuns do ser humano: as armas nucleares e a pobreza; a ignorância e as doenças. Estas forças corroem a possibilidade de uma paz duradoura, e é juntos que deveremos enfrentá-las.

Para acabar com o fantasma da destruição em massa, devemos nos unir para buscar a paz e a segurança num mundo sem armas nucleares. Nos dois últimos anos, começamos a trilhar este caminho. Desde a nossa Cúpula sobre Segurança Nuclear em Washington, cerca de 50 nações adotaram medidas para impedir que o material nuclear caia nas mãos de terroristas e contrabandistas. Em março do próximo ano, se realizará em Seul uma Cúpula em que apresentaremos os nossos esforços para bani-lo totalmente. O Novo Tratado START entre Estados Unidos e Rússia reduzirá os nossos arsenais instalados ao seu nível mínimo neste meio século, e nossas nações realizam conversações visando a uma maior redução. Os Estados Unidos continuarão trabalhando para conseguir a proibição dos testes de armas nucleares, e da fabricação do material físsil necessário para a sua produção.

À medida que cumprimos nossas obrigações, fortalecemos os tratados e as instituições que contribuem para impedir a difusão destas armas. Para tanto, devemos continuar fazendo com que as nações que os desprezam sejam obrigadas a prestar contas dos seus atos. O governo iraniano não pode demonstrar que seu programa é pacífico, ele não cumpriu suas obrigações, e rejeitou as ofertas que lhe proporcionariam poderio nuclear para fins pacíficos. A Coreia do Norte ainda não tomou medidas concretas para abandonar suas armas, e continua empreendendo ações beligerantes contra o Sul. As oportunidade futuras para os povos destas nações serão muito maiores se seus governos cumprirem suas obrigações. Mas se continuarem trilhando um caminho que desconhece as leis internacionais, deverão se defrontar com mais pressões e um isolamento maior. É o que exige nosso compromisso com a paz.

Para trazer a prosperidade ao nosso povo, devemos promover o crescimento que cria oportunidades. Neste sentido, não devemos esquecer de que fizemos enormes progressos nas últimas décadas. Sociedades fechadas deram lugar a mercados abertos.

A inovação e o espírito empreendedor transformaram o nosso modo de vida e a nossa maneira de agir. As economias emergentes da Ásia às Américas tiraram centenas de milhões de pessoas da pobreza. Entretanto, há três anos, sofremos a mais grave crise financeira dos últimos oitenta anos. A crise provou um fato que se torna mais claro a cada ano que passa - nossos destinos estão interligados; numa economia global, as nações se levantarão ou cairão juntas.

Hoje, estamos diante dos desafios que se seguiram a esta crise. A recuperação é frágil. Os mercados são voláteis. Um número excessivo de pessoas não tem trabalho. Nós nos empenhamos juntos para evitar uma Depressão em 2009. Mais uma vez, devemos adotar medidas urgentes e coordenadas. Aqui nos Estados Unidos, anunciei um plano para que os americanos voltem a trabalhar e impulsionem a nossa economia, e eu me comprometi a reduzir substancialmente nosso déficit ao longo do tempo. Apoiamos nossos aliados europeus enquanto reformulam as suas instituições e procuram resolver o seu problema fiscal. Os líderes de outros países enfrentam desafios diferentes enquanto transformam suas economias a fim de se tornarem mais autossuficientes, aumentando a demanda interna, reduzindo ao mesmo tempo a inflação. Portanto, cooperaremos com as economias emergentes que apresentaram uma recuperação vigorosa, para que o aumento do padrão de vida crie novos mercados de forma a promover o crescimento global. É o que exige o nosso compromisso com a prosperidade.

Para combater a pobreza que castiga os nossos filhos, devemos agir com a convicção de que libertar-se da necessidade é um direito humano fundamental. Um dos objetivos do compromisso dos Estados Unidos no exterior é ajudar pessoas a se alimentarem. E hoje, quando a seca e os conflitos levam a fome ao Chifre da África, nossa consciência nos insta a agir. Juntos, devemos continuar a dar assistência e a financiar as organizações que podem chegar até os necessitados. E juntos, devemos insistir no acesso irrestrito da ajuda humanitária para podermos salvar a vida de milhares de homens, mulheres e crianças. O que está em jogo é a nossa própria humanidade. Vamos mostrar que a vida de uma criança da Somália e tão preciosa quanto qualquer outra. É o que exige o nosso compromisso para com os nossos semelhantes.

Para deter as doenças que se espalham através das fronteiras, devemos fortalecer nossos sistemas de saúde pública. Continuaremos lutando contra o HIV/AIDS, a tuberculose e a malária. Cuidaremos particularmente da saúde das mães e das crianças. E devemos nos unir para prevenir, detectar e combater todo tipo de ameaça biológica - seja ela pandêmica como a H1N1, uma ameaça terrorista ou uma doença passível de tratamento. Esta semana, os Estados Unidos assinaram um acordo com a Organização Mundial da Saúde para afirmar nosso empenho em enfrentar este desafio. Hoje, peço a todas as nações que se uniam a nós para alcançar o objetivo da OMS que é garantir que todas as nações disponham de capacidade própria para tratar de emergências de saúde pública até 2012. É o que exige nosso compromisso para com a saúde do nosso povo.

Para preservar o nosso planeta, não devemos adiar as medidas exigidas pelas mudanças climáticas. Devemos explorar o poder da ciência para salvar recursos que são escassos. Juntos, devemos continuar nosso trabalho para ampliar o progresso conseguido em Copenhague e em Cancun, de maneira que todas as principais economias aqui representadas, hoje, também cumpram os compromissos que foram assumidos. Juntos, devemos trabalhar para transformar a energia que alimenta nossas economias, e apoiar outras que percorrerem este caminho. É o que exige nosso compromisso para com a próxima geração.

E para que nossas sociedades realizem seu potencial, devemos permitir que os nossos cidadãos realizem seu potencial pessoal. Nenhum país pode ser condescendente com o câncer da corrupção. Juntos, devemos conter o poder de sociedades abertas e de economias abertas. É por isso que nos associamos a países de todo o globo para lançar uma nova parceria entre Governos Transparentes que garanta a concessão de poderes aos seus cidadãos e para que estes se tornem mais responsáveis pelos próprios atos. Nenhum país deveria negar às pessoas seus direitos por causa de suas preferências de gênero, e é por isso que devemos defender o direito de gays e lésbicas em todo o mundo. E nenhum país pode realizar o seu potencial se a metade da sua população não consegue realizar o próprio potencial pessoal. Esta semana, os Estados Unidos assinaram uma nova Declaração referente à Participação das Mulheres.

No próximo ano, cada um de nós deveria anunciar as medidas que está disposto a adotar para quebrar as barreiras políticas e econômicas que tolhem a contribuição de mulheres e jovens. É o que exige nosso compromisso para com o progresso humano.

Sei que não existe uma linha reta até o progresso, não há um único caminho para o sucesso. Cada um de nós vem de uma cultura diferente, e traz consigo diferentes histórias. Mas nunca devemos esquecer de que enquanto estamos aqui reunidos na qualidade de líderes de diferentes governos, representamos cidadãos que compartilham das mesmas aspirações básicas - viver com dignidade e liberdade; ter acesso à educação e a oportunidades; amar nossas famílias e o nosso Deus. Viver na paz que faz com que valha a pena viver.

É próprio da natureza do nosso mundo imperfeito sermos obrigados a aprender esta lição inúmeras vezes. O conflito e a repressão perdurarão enquanto algumas pessoas se recusam a tratar os outros como gostariam de ser tratadas. Entretanto, é precisamente por esta razão que criamos instituições como esta em que nos encontramos que unem os nossos destinos - porque os que aqui vieram acreditam que a paz é preferível à guerra; a liberdade é preferível à supressão; e a prosperidade é preferível à pobreza. Esta é a mensagem que vem não das capitais mas dos seus cidadãos.

No lançamento da pedra fundamental deste edifício, o presidente Truman veio a Nova York e disse: "Os Estados Unidos são essencialmente uma expressão do caráter moral das aspirações do homem". Como vivemos em um mundo que muda a um ritmo alucinante, nunca deveremos esquecer desta lição.

A paz é difícil, mas sabemos que é possível. Juntos, vamos decidir o que fazer com base nas nossas esperanças e não nos nossos medos. Juntos, vamos trabalhar para fazer não apenas a paz, mas uma paz que seja duradoura. Obrigado.

Barack Obama
Presidente do EUA
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